A escolinha onde as crianças brincam em poças d’água


Para além da idolatria de uma (questionável) heroína nomeada Peppa Pig, todas, exatamente todas, as crianças de até 5 anos de idade, gostam de brincar na chuva, e por que não, de espirrar a água das poças, antes das mamães soltarem seus gritos cavernosos!

Contentes, as crianças adoram colocar os pés na água e nas poças com a intenção de espirrá-la para todo o lado, o que as fazem felizes de uma felicidade úmida e pantanosa que só infância pode oferecer. Então, por que não lhes permitir desfrutar desse instinto primitivo feito com os pés descalços? (E nós podemos! para tanto, podemos dar-lhes baldes d’água ou simplesmente não reprová-las de brincarem na chuva 🙂

O Japão, nós sabemos, é um país avante em tudo, até nas questões de como deixar as crianças aprontarem a vontade! E sendo assim, os japoneses deram vazão à autêntica e genuína dança da chuva para crianças em uma escola infantil.

A escolinha Dai-Ichi Yochien, na cidade de Kumamoto, no sul do Japão, projetada por Hibino Sekkei e sua marca Youji no Shiro, especializada em projetar instalações de educação infantil, inovou muito neste estilo de escola que permite que as crianças “sejam crianças”.

Sua peculiaridade é ter um pátio que recolhe a água da chuva em um poço gigante (limpo, claro) onde todos podem se jogar sem problemas.

Quando não chove, o espaço pode ser usado para qualquer outro desporto e também pode ser convertido em um ringue de patinagem no inverno. Os outros espaços da escola (que só de ver as imagens dá para imaginar o preço da história toda), foram pensados para promover a improvisação das salas de aulas, favorecendo a criatividade e a livre gestão dos funcionários. Uma espécie de método Montessori japonês.

Fachada da escola

Pátio interno

Refeitório

Cozinha

Banheiros

A planta aberta dá a impressão de um currículo onde o espaço é flexível e sem restrições. Os móveis são usados como divisórias e os alunos são convidados a comprarem suas próprias mesas e cadeiras e a eventualmente, as levarem para casa depois de se “formarem”. A ideia é a de manter um fluxo contínuo de novos móveis para a escola, o que ajuda na manutenção de sua estética limpa e fresca.

Muito legal!

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Fonte e fotos: spoon-tamago.com




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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