Estudante brasileira faz parte dos 10 finalistas ao Global Student Prize, o Nobel da Educação


A estudante brasileira Ana Júlia Monteiro de Carvalho, é a única aluna finalista da América Latina no top 10 do Global Student Prize, considerado o Nobel da Educação para estudantes.

Aos 18 anos, Ana Júlia está voando longe com suas invenções e ideias visionárias para a pesquisa científica na área de robótica. Em sua candidatura ao prêmio, a estudante incluiu dois de seus projetos: o Aerador Sustentável e a Telha Ecosururu.

A brasileira de Maceió (AL), foi selecionada entre 3,5 mil outros estudantes de 94 países, para chegar à fase final do prêmio criado pela Varkey Foundation, que pela primeira vez decidiu lançar um prêmio para jovens estudantes.

Invenções que mudam realidades

Em entrevista à BBC News Brasil, ela conta um pouco sobre seus projetos e invenções:

“Geralmente, após a pesca do sururu, a casca é jogada fora. Resolvemos recolhê-las e triturá-las para fabricar as telhas e, assim, promover o empreendedorismo nas comunidades. Já o aerador sustentável, é um mecanismo eólico desenvolvido por mim e pela minha equipe para melhorar a qualidade da água dos animais de rebanho, principalmente de caprinos e ovinos, e também a qualidade do leite. Com a força do vento, hélices movimentam um aerador, que ajuda a evitar a proliferação de bactéria e micro-organismos na água, garantindo, consequentemente, uma melhor saúde para os animais e impactando no leite que produzem”.

Ana Júlia ainda conta que o dom para ciência a acompanha desde criança: no sexto ano criou seu primeiro projeto científico que tentava impedir as tartarugas marinhas a não serem atraídas pelas luzes das cidades.

Pela robótica, Ana já viajou aos Estados Unidos e Uruguai, apresentando projetos que contribuem positivamente para a vida das pessoas e do meio ambiente.

De Alagoas para o mundo

Ana Júlia nunca pensou que iria estar entre os 10 finalistas do prêmio Nobel de Educação para estudantes. Mas a menina sonha alto.

Caso seja ganhadora do Global Student Prize, a brasileira pretende usar o dinheiro para estudar no exterior e aprimorar seus conhecimentos. Ana conta:

“Eu não imaginava que eu, de Alagoas, seria a única representante da América Latina. Agora as pessoas veem que eu posso mudar o mundo e eu acho que posso ajudá-las. É importante abrir caminhos e os projetos precisam ser aplicados efetivamente”.

Recentemente, houve a qualificação dos top 50 e top 10 estudantes. As avaliações continuam e o resultado do Global Student Prize será divulgado no dia 10 de novembro.

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Lara Meneguelli


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