“Papai mudou o mundo”: julgamento do caso Floyd é história do racismo na Terra


Derek Chauvin, o ex-policial branco que ajoelhado durante 5 minutos assassinou George Floyd, o homem negro que lhe implorava “não consigo respirar“, teve condenação unânime dada pelo júri popular formado por 12 pessoas, 6 brancas e 6 multi-étnicas.

Os Estados Unidos e o mundo estão celebrando não apenas a justiça, a condenação em si – dada a repercussão do caso, era de se esperar que Derek Chavin saísse algemado do tribunal. A celebração é a da esperança de que as vidas negras importem nos Estados Unidos e no mundo, de hoje em diante e para sempre.

O alerta é máximo nos EUA pela possibilidade das comemorações virarem manifestações e revolta. Esperamos que tudo siga pacificamente pois o momento é de alegria.

Como disse Gianna, a filha de Floyd, “papai mudou o mundo” e ontem o julgamento do ex-policial ficou para a história do racismo na Terra.

Ícone do BLM

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, tornou-se ícone do movimento Black Lives Matter quando em 25 de maio de 2020 da cidade de Minneapolis, o mundo inteiro assistiu ao vídeo onde ele, sem respirar, foi brutalmente assassinado por Derek Chauvin.

O júri popular, após 10 horas na câmara do conselho, condenou o ex-policial nas três acusações paras as quais foi julgado: homicídio culposo, negligência ao assumir o risco, e por causar a morte sem intenção através de ato perigoso (crime preterdoloso, ocorre quando o agente pratica uma conduta dolosa, menos grave, obtendo um resultado danoso mais grave do que o pretendido).

A pena máxima para estes crimes seria de 75 anos mas especula-se que ele possa ficar preso por uns 40 anos pela ausência de precedentes. A extensão da pena será dada depois, talvez demore semanas ou meses mas, por ora, o ex-agente sai do tribunal algemado e vai diretamente à cela, após ter permanecido solto durante quase um ano sob fiança.

Justiça é vidas importarem

Estão falando em condenação exemplar, em justiça sendo feita mas, justiça mesmo, veremos se daqui adiante vidas negras, vidas pobres, vidas humanas, e a vida em si, passe a importar nesse mundo material que estamos vivendo, onde coisas importam mais que vidas.

2020 foi um ano emblemático para o movimento Black Lives Matter. Além do Floyd, teve o Lewis Hamilton e a Kamala Harris que deram exemplos de esperança de que as coisas podem mudar.

2020 também foi emblemático para a o meio ambiente porque o coronavírus veio avisar de que desse jeito não dá. Mas aí, estas mensagens, na orelha de muitos senão da maioria, entra por um lado e sai pelo outro.

Vidas importam. Negras, brancas, vermelhas, amarelas e até azuis. Será que a vida na Terra importa para o Universo?

Fica a pergunta porque amanhã é o Dia da Terra, então já vamos avisando….

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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