Como nasceu o Black Lives Matter e como 2020 foi o ano da sua força


Foi Alicia Garza, diretora da National Domestic Workers Alliance (Aliança Nacional das Trabalhadoras Domésticas) que cunhou a expressão “Vidas negras importam” em uma postagem nas redes sociais. A frase nasceu da indignação causada pela absolvição de George Zimmerman, que matou, em 2013, Trayvon Martin, um jovem negro de 17 anos.

Estava ali a semente do movimento Black Lives Matter (BLM), um dos maiores na luta pela igualdade racial, e que voltou à cena com a morte de George Floyd pelas mãos de um policial, este ano, nos EUA.

Como não poderia deixar de ser, o movimento começou nas redes sociais e ganhou as ruas.

À Alicia Garza se juntaram Patrisse Cullors, diretora da Coalition to End Sheriff Violence in Los Angeles (Coligação contra Violência em Los Angeles) e Opal Tometi, líder da Black Alliance for Just Immigration, que luta pelos direitos dos imigrantes e justiça racial.

2020 conquistas importantes

2020 foi um ano no qual o Black Lives Matter ganhou ainda mais importância. A morte de George Floyd levantou o tema da discriminação racial de uma forma sem igual na história recente, mas o BLM não foi a única conquista na luta por igualdade.

O ano que foi complicado e cheio de desafios, principalmente em função da pandemia de coronavírus, também trouxe boas coisas.

É cada vez mais comum que negros ganhem destaque em diversas áreas. Nos esportes, Lewis Hamilton tornou-se o piloto mais vitorioso da Fórmula 1, um esporte notadamente dominado por brancos.

Na política, a chegada de Kamala Harris à vice-presidência dos Estados Unidos trouxe um fio de esperança por mais representatividade negra.

No Brasil, o músico Emicida, um dos artistas mais influentes atualmente, lançou o documentário AmarElo, um sucesso de público, que levanta questões raciais essenciais enfrentadas no País.

Na televisão, os reality shows premiaram mulheres negras nas primeiras colocações, como é o caso do programa “A Fazenda”, que teve como grande vitoriosa a artista Jojo Todynho e o “Big Brother Brasil” que premiou a médica Thelma.

Ao que parece, 2020 trouxe conquistas importantes na luta pela igualdade racial. Que 2021 consolide ainda mais cada uma das vitórias do movimento negro. Todos ganham quando o mundo se torna um lugar mais igualitário.

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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