Brasileiro é um dos povos que mais sente solidão na pandemia, diz pesquisa


Uma pesquisa realizada pelo instinto Ipsos aponta que das 23 mil pessoas questionadas em 28 países, o povo brasileiro, atrás dos turcos, é um dos que mais vem sentindo solidão nestes tempos de pandemia.

A pesquisa foi realizada no período entre 23 de dezembro de 2020 a 8 de janeiro de 2021, mas fazia referência aos últimos 6 meses.

Solidariedade

Será que a pandemia fez alguém se sentir acolhido em seu próprio país, em sua própria comunidade?

Os participantes que responderam na maioria sim, foram os chineses e os indianos (ambos 55%), seguidos pelo povo da Arábia Saudita (51%).

No geral, apenas um terço das pessoas (32%) acredita que suas comunidades se tornaram mais solidárias com seus cidadãos.

Pois é, o coronavírus não promoveu a solidariedade esperada.

Saúde mental

E no quesito saúde mental, estamos todos loucos, à beira da loucura ou da depressão? O que você responderia?

A Covid-19 terá impacto negativo sobre o bem-estar mental das pessoas para 40% dos entrevistados, enquanto 22% acredita que o impacto será positivo.

Os países onde as pessoas acreditam no lado positivo da pandemia para a saúde mental são: Peru (47%), México (44%), Índia (42%), Arábia Saudita (40%) e Malásia (36%). Mesmo assim, como se percebe, até os otimistas são minoria, em nenhum país metade da população acredita em um lado positivo da pandemia.

São pouquíssimos os britânicos, húngaros, canadenses, franceses e japoneses que vêm o copo meio cheio na pandemia. Os números revelados pela pesquisa neste quesito são: GB (13%), Hungria (12%), Canadá (11%), França (11%) e Japão (8%).

Solidão sem fim

Resumo da ópera, a pandemia não agregou o povo na solidariedade com os mais vulneráveis, não ajudou as pessoas a acreditarem que um mundo melhor fosse possível (dado que a maioria acredita nos impactos negativos da pandemia sobre a nossa saúde mental) e enfim… a solidão.

Com Tinder ou sem Tinder, webinars a go-go, homeoffice e tudo quanto é interação humana sendo feita através de uma tela, o povo tá se sentindo é sozinho mesmo.

E os brasileiros, atrás dos turcos, são os que mais se sentem sozinhos.

Mas o sentimento de solidão aumentou em todo o mundo: globalmente, 2 em cada 5 pessoas (41%) relatam ter ficado mais solitárias nos últimos 6 meses, enquanto 1 a cada 5 (19%) ficou menos solitária (lê-se na página oficial do Ipsos).

Os países onde as pessoas mais se sentiram, ou se tornaram, solitárias foram: Turquia (54%), Brasil (52%), Bélgica (51%), Canadá (50%) e Grã-Bretanha (49%).

Verdade dessa dita, não precisa nenhuma pesquisa para saber como estamos nos sentindo, basta sair por aí perguntando: “você conhece alguém que esteja bem nessa pandemia?”

A única resposta que nós queremos saber é: quando é que isso vai acabar?

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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