Pela primeira vez uma mulher ganha o prêmio Abel, o ‘Nobel’ da matemática


A matemática é finalmente uma mulher! 18 anos após a sua criação, o prêmio Abel, um dos mais prestigiados prêmios de matemática, também conhecido como o Prêmio Nobel de Matemática, é concedido a uma mulher. Ela é a norte-americana Karen Uhlenbeck, conhecida por suas contribuições no cálculo de variações, e hoje sanciona o direito à igualdade de gênero mesmo em disciplinas científicas.

Nem todo mundo sabe que o prêmio dedicado à matemática não leva o nome de Nobel (o prêmio Nobel de matemática, de fato, não existe), por outro lado, as alocações dedicadas a esta disciplina são 45 no mundo inteiro. A mais famosa é a Medalha Fields, criada em 1926 e a maior honra para os matemáticos com menos de 40 anos.

Junto com a medalha Fields, o prêmio Abel é um dos prêmios mais importantes. O Prêmio Fields foi tingido de rosa apenas em 2017 com a iraniana Maryam Mirzakhani, mesmo assim Abel ainda ficou com “denominação masculina”.

A partir de 2003, o prêmio Abel é concedido anualmente pelo rei da Noruega a um importante matemático estrangeiro. Também inclui uma contribuição em dinheiro de 6 milhões de coroas norueguesas, equivalente a cerca de 620 mil euros.

Karen Uhlenbeck, a primeira mulher a ser premiada

Karen Uhlenbeck é professora da Universidade do Texas em Austin e realiza pesquisas na Universidade de Princeton e no Instituto de Estudos Avançados, onde ajudou a fundar o instituto de matemática do Park City, um centro de treinamento para jovens pesquisadores.

Em 1990, ela foi a segunda mulher na história a realizar uma conferência plenária no Congresso Internacional de Matemáticos realizado em Kyoto.

De acordo com a publicação da Academia Norueguesa de Ciências e Letras, Karen Uhlenbeck foi escolhida

“por seus resultados pioneiros em equações diferenciais parciais em geometria, Teorias de Calibre e sistemas integráveis, e o impacto fundamental de seu trabalho em análise, geometria e física matemática”.

Seus estudos são a base de muitos assuntos, da teoria das cordas à geometria do espaço-tempo. Uma de suas mais famosas contribuições diz respeito às Teorias de Calibre (Teorias de Gauge), uma classe de teorias de campo (na física, uma quantidade que pode ser expressa em função da posição no espaço e no tempo) com base na hipótese de que algumas simetrias, ou seja, as propriedades dos fenômenos físicos. Repetindo-se de forma idêntica no espaço e no tempo, são possíveis não apenas globalmente, mas também localmente.

As Teorias de Calibre são a base de grande parte da física teórica moderna e formam a base da pesquisa em física de partículas, relatividade e teoria das cordas. Além disso, outras contribuições significativas de Uhlenbeck dizem respeito aos estudos sobre o cálculo de variações, que trata da busca pelos pontos mínimo e máximo de uma determinada função ou entidade matemática.

O rei da Noruega, Harald V, entregou o prêmio Abel a Karen Uhlenbeck em 21 de maio, em Oslo.

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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