Amizade seria o fator mais importante para preservação da espécie na “nova” teoria da evolução


Interessante a nova visão sobre a teoria da evolução de Darwin que dois neurocientistas propõem em um livro chamado “Sobrevivência do Mais Amigável: Compreender as Nossas Origens e Redescobrir a Nossa Humanidade Comum” (Survival of the Friendliest: Understanding Our Origins and Rediscovering Our Common Humanity).

Nele, os autores Brian Hare e Vanessa Woods, questionam se a “lei do mais forte”, tão atrelada à teoria de Charles Darwin, não teria sido mal interpretada. Portanto, não se trata de uma nova teoria proposta pelos autores, mas de um novo olhar sobra a evolução das espécies, baseado em dados de fato.

“A sobrevivência do mais forte – que é o que todos têm em mente quando ouvem evolução e seleção natural – teria causado mais dano que qualquer outra teoria, afirma Hare no site português Sapo.
“As pessoas pensam na sobrevivência como o homem alpha que merece vencer. Não foi isto que Darwin sugeriu, ou o que se tem vindo a demonstrar. A estratégia mais eficaz na vida é a amigabilidade e a cooperação, e é isso que observamos uma e outra vez.”

Os autores explicam como lobos evoluíram para cães domésticos , tendo feito amizade com os homens, o que colocou os cães em tranquila situação de sobrevivência, enquanto os lobos estão ameaçados de extinção.

Um outro exemplo revela como no mundo dos símios, os simpáticos e amigáveis bonobos são melhores perpetuadores da espécie através da reprodução, do que os chimpanzés: guerreiros e fortes, mas antipáticos, que acabam se acasalando menos.

A amizade e a cooperação seriam as principais características para o sucesso da evolução de uma espécie. Se pensarmos em termos de sapiens, em “uma breve história da humanidade” de Yuval Harari, de fato, até a fofoca como forma de comunicação desempenhou papel importante na história do homem.

Penso, logo existo

O questionamento se faz necessário em dias de pandemia onde nossa humanidade parece estar ameaçada por uma assim chamada “mercantilização das relações”. Fala-se em amizade por networking, fala-se da interface comercial de aplicativos de encontro como o Tinder…

Para pensarmos na preservação da nossa própria espécie, proponho dois vídeos que, juntamente com essa nossa visão sobre a teoria do Darwin, nos faz pensar nos sentimentos de amor e amizade como fatores fundamentais para a não extinção do Homo sapiens.

Amar e colaborar, nos dias de hoje, podem ser atitudes revolucionárias!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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