6 atitudes evolutivas da espécie humana


Apesar das diferenças culturais, há algumas atitudes que são comuns aos membros da espécie humana. Alguns estudos apontam que algumas delas acompanham a nossa espécie há muitos anos. Confira.

1. Colocar a língua para fora quando estamos concentrados

Essa atitude (facilmente observável em crianças pequenas, mas que alguns adultos também a fazem) vem do início da comunicação humana. A teoria da protolinguagem gestual afirma que o primeiro sistema de signos utilizado pelos seres humanos para se comunicar foi o gestual, até ser desenvolvida a linguagem oral. As primeiras linguagens consistiam em representar ações cotidianas, como caçar e comer.

Isso explicaria a razão de colocarmos a língua para fora quando estamos concentrados fazendo trabalhos manuais. Alguns pesquisadores observaram que, à medida que os desafios manuais se tornam mais difíceis para as crianças, elas tendem a colocar a língua para fora.

2. Suspirar quando estamos frustrados

De acordo com a ciência, há um motivo fisiológico para o suspiro: garantir que não nos sufoquemos lentamente até morrer. Os alvéolos dos nossos pulmões trocam o dióxido de carbono do sangue por oxigênio, mas eles acabam entrando em colapso com o passar do tempo. O mecanismo que impede que isso ocorra é a inspiração profunda, conhecida como suspiro. A ação de suspirar permite que a troca gasosa aconteça com melhor aproveitamento.

Quando suspiramos, sentimos uma sensação de alívio, mesmo sem uma causa aparente de estresse. Uma pessoa suspira, em média, a cada cinco minutos.

3. A forma de falar é influenciada pelo ambiente

Algumas línguas parecem ter uma sonoridade mais agradável do que outras. Isso acontece não porque uma língua seja melhor ou mais bonita do que a outra. Acontece que há um motivo físico para isso. As ondas sonoras não se comportam da mesma forma em ambientes diferentes.

As consoantes, por exemplo, se perdem em ambientes muito arborizados, pois absorvem mais o som. Em regiões com montanhas, o som viaja mais facilmente.

O mesmo fenômeno pode ser observado no canto dos pássaros. Espécies nativas de florestas tropicais emitem sons que se assemelham a vogais.

4. Balançar a cabeça para dizer que estamos cheios

Na maioria dos lugares, balançar a cabeça para um lado e para o outro significa “não”, com excessão de alguns países, onde o gesto quer dizer “sim”. Mas como esse gesto chegou a ganhar esse significado quase universal?

Uma possível resposta seria que ele vem da alimentação dos bebês, desde a pré-história. Como eles ainda não conseguem se comunicar verbalmente, tentam dizer que estão cheios com o esse gesto que passou a significar “não”.

5. Contrair os músculos da face quando estamos muito bravos

Uma pesquisa da Universidade da Califórnia (EUA) e da Universidade Griffith (Austrália) procurou mostrar a causa da nossa expressão de braveza. Os pesquisadores Aaron Sell, Leda Cosmides e John Tooby reuniram os músculos faciais em sete grupos e analisaram isoladamente como cada um deles influencia a expressão. Eles concluíram que, mesmo sozinhos, esses grupos podem expressar uma mensagem de raiva.

A contração facial é uma forma de mostrar ao oponente que você tem força física suficiente para ganhar dele se for necessário brigar fisicamente.

6. Bebês do mundo todo chamam suas mães de “mama”

A primeira palavra da maioria dos bebês é “mama” para as mães e “papa” para os pais. Essa sonoridade é semelhante em línguas muitas diversas. Na China, os bebês falam “baba” para os pais, e na Turquia usam “ana” para as mães.

O linguista Roman Jakobson estudou que os sons da fala são aprendidos em uma ordem específica. O som do “r” é o mais difícil, e tende a ser o último a ser aprendido. Já o som “mmm” sai com facilidade quando os bebês fecham a boca, mas usam suas cordas vocais. Se fazem a mesma coisa com a boca aberta, o som resultante é o “ma”. As consoantes “p” e “b” também são fáceis de se produzir.

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Fonte: hypescience




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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