Triste Brasil: o país mais ansioso e depressivo da América Latina


Já falamos várias vezes aqui no GreenMe sobre a seriedade do tema depressão. E uma das razões para isso é que a depressão é uma das doenças mais graves do mundo, porque cada vez mais atinge um maior número de pessoas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão será a doença mais comum em um futuro bem próximo. E aqui no Brasil a doença preocupa bastante.

Os dados da OMS mostram que cerca de 350 milhões no mundo todo sofrem com a depressão. Estima-se que, em 2030, ela afetará mais as pessoas do que o câncer e as doenças cardíacas.

A depressão no Brasil

A taxa de pessoas em depressão, no Brasil, não para de subir.

O país tem 5,8% da sua população sofrendo com a doença, o maior índice da América Latina. A taxa supera a de Cuba, com 5,5%, a do Paraguai, com 5,2%, além de Chile e Uruguai, com 5%, de acordo com o Estadão.

As pessoas mais afetadas pela depressão têm entre 55 e 74 anos, segundo um relatório da OMS, que aponta como as principais causas da depressão “pobreza, desemprego, morte de um ente querido, ruptura de relacionamento, doenças e uso de álcool e de drogas”. De acordo com a organização, a depressão é a principal causa de mortes por suicídio: são cerca de 800 mil casos por ano.

O grupo mais afetado pela depressão no Brasil é o de mulheres, com 5,1% delas em quadro depressivo. Entre os homens, a taxa é de 3,6%.

Brasil também lidera o ranking do país mais ansioso da América Latina

A ansiedade também está atingindo os brasileiros. 9,3% da população do Brasil manifesta quadro de ansiedade, que acarreta outras disfunções, como: transtorno obsessivo-compulsivo, ataque de pânico, fobias e estresse.

O Brasil também lidera o ranking de país mais ansioso da América Latina. No Paraguai, a taxa é de 7,6%; no Chile, 6,5% e 6,4% no Uruguai.

Novamente as mulheres são as mais acometidas pela ansiedade – 7,7% são ansiosas. Já entre os homens, a taxa é de 3,6%.

Segundo a OMS, tanto a depressão quanto a ansiedade são problemas que se manifestam em todo o mundo, mas o seu crescimento tem ocorrido, principalmente, em países com menor renda.

Os episódios políticos, econômicos e socais que o Brasil têm enfrentado nos últimos dois anos devem ter ajudado a aumentar a taxa de depressão e ansiedade no país. Esses índices são preocupantes para a saúde pública brasileira. Individualmente, devemos procurar ajuda ao primeiro sinal de depressão, seja em nós ou em alguém que conheçamos.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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