A solidariedade de empresas e famílias ricas no combate à pandemia. Um mundo melhor é possível


Empresas privadas e famílias estão dando verdadeiros exemplos de solidariedade diante dessa pandemia. Juntas elas conseguiram doar cerca de R$ 2,7 bilhões para ajudar no combate ao coronavírus.

A solidariedade em tempos de crise vem de vários bolsos e de diversas formas. Há quem tenha decidido fazer máscaras para doar a quem precisa, profissionais de saúde ou não. Na internet vários coletivos se formaram para levar comida e itens de higiene para que precisar. Até cientistas e designers deram suas contribuições para levar aos hospitais álcool gel, itens para respiradores e outros mais.

E os ricos também ajudaram. A solidariedade das famílias mais abastadas em conjunto com grandes empresas privadas, foi capaz de arrecadar em apenas um mês quase R$ 2,7 bilhões, destinados de várias formas para combater a pandemia do novo coronavírus. Para se ter um ideia, esse valor corresponde ao orçamento mensal do Bolsa Família.

A Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) divulgou ainda que, em uma semana, conseguiram mais R$ 500 milhões e que 70% do montante seria apenas para financiar a saúde. Devido aos reflexos do isolamento social na economia, eles viram a necessidade de destinar parte dos recursos para comunidades carentes e microempreendedores.

Quem são os doadores

Na lista da ABCR são 134 doadores composta por grandes empresas como o Itaú que doou R$ 1,2 milhões e também famosos como Galvão Bueno, Gisele Bündchen, Gustavo Lima, Luciano Huck, Neymar e Xuxa Meneguel.

Segundo informações divulgadas pelo Virtz R7, algumas estatais como a BB Seguros também colaborou com as doações. Essa doou R$ 40 milhões para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social. As doações ocorrem por meio da Fundação Banco do Brasil que já liberou R$ 279 mil até a semana anterior a essa notícia e aprovou mais R$ 2 milhões que estão para ser doados. Entretanto, a fundação precisa aprovar o projeto da ONG que deverá cumprir as regras estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Em Minas Gerais, a família Menin que administra empresas como a MRV, Banco Inter e LOG CP doou R$ 10 milhões para a compra de respiradores e outras companhias mineiras se juntaram a elas com mais R$ 130 milhões para comprar equipamentos.

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) passou a gerir os recursos depois que China e Portugal negaram a compra dos aparelhos. Rafael Menin, presidente da MRV, disse que a burocracia do governo não consegue resolver o problema.

Além da compra de aparelhos e respiradores, outro grupo contribuiu com a doação de R$ 2,5 milhões em cestas básicas para populações carentes, sendo que cada família receberá um cartão de crédito com R$ 100 para fazer as compras básicas, o qual será reabastecido em Maio.

Outras empresas como a Ypê, por exemplo, adaptaram suas linhas para produzirem produtos em escassez, como o álcool em gel. Waldir Beira, presidente da empresa, disse que faltava espessante para produzir o álcool em gel. Com a ajuda de parceiros, desenvolveram o ingrediente e conseguiram matéria-prima para produzir 1,5 milhão de frascos, dos quais 1 milhão já foi distribuído. A Raízen também colaborou com o envasamento de álcool 70%, totalizando 2 milhões de frascos doados.

Divisão da riqueza

É muito bom saber que famílias que têm um pouco mais de condições e empresas do setor privado, estão se mobilizando e unindo forças para de fato ajudar a população mais carente.

A crise causada pelo coronavírus é uma oportunidade de fazer com que passemos, daqui pra frente, a construir um mundo melhor, mais igualitário e justo para todos. Tudo vai depender do como enfrentamos a situação. Não percamos essa chance!

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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