Permacultura: a cultura permanente que não esgota os recursos


Em 2014, o Overshoot Day, mais conhecido no Brasil como “Dia da Sobrecarga da Terra”, data marcada pelo esgotamento dos recursos naturais do planeta disponíveis para um ano, acabou com a sua cota anual em apenas oito meses. Este é só um exemplo, entre vários, de como a nossa civilização devora a natureza em uma velocidade absurda. Felizmente, há exemplos que procuram mostrar outros caminhos para vivermos em harmonia com a natureza. E um deles é a permacultura.

Evidentemente, será impossível continuar assim para sempre e, se não fizermos nada para mudar, o futuro não será agradável. A permacultura é a sociedade capaz de se manter infinitamente sem esgotar os recursos necessários à sobrevivência humana.

Ou, nas palavras de um dos iniciadores da permacultura, David Holmgren: “A permacultura ou cultura permanente é um sistema fundado em éticas e princípios que podem ser usados para estabelecer, projetar, coordenar e melhorar todos os esforços feitos por indivíduos, lugares e comunidades que trabalham para um futuro sustentável”.

O conceito foi inventado por Holmgren e Bill Mollison. Nascidos na Austrália, a ideia surgiu em 1974 a partir da contração de “permanent” e agriculture”. Inicialmente, o pensamento envolvia uma série de práticas ecológicas de plantio, mas logo evoluiu para uma cultura de bioconstrução, geração de energia, produção local, manejo de água e aspectos comportamentais, ou seja, uma “cultura de permanência” em harmonia com a natureza.

Atualmente, a permacultura e seus conceitos vem crescendo no mundo inteiro. Já são milhares de pessoas engajadas em diferentes estágios do processo da permacultura, individual e comunitário para descobrir como viver seguindo quatro princípios:

1 – Cuidado com o planeta

2 – Cuidado com as pessoas

3 – Partilhar dos excedentes (incluindo o conhecimento de todos os membros)

4 – Limite ao consumo

Esses conceitos permitem a convivência e a troca de experiências com colegas, cursos, leituras e alguns parâmetros. Com ênfase no aproveitamento e reaproveitamento máximo dos materiais, evitando a criação de lixo desnecessário. Explorar a criatividade com as condições que a natureza dispõe, fechar ciclos produtivos, diversificar recursos de fontes de recursos e cooperar ao invés de competir, agregar e não fragmentar.

Soa fantasioso para o mundo de hoje, baseado no consumo máximo e nas longas filas à espera do próximo iPhone, mas se você quiser tentar, plante uma pequena horta em sua casa ou apartamento e veja como é se alimentar, ao menos em parte, com recursos próprios. Utilizar água da chuva para lavar e até cozinhar (algo que por pouco não se tornou a única opção em algumas regiões de São Paulo), e vendo que o importante é criar e não apenas consumir, da maneira que for melhor para você.

Fonte foto: enviropaedia.com




Redação greenMe

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