Musicoterapia: eficaz no tratamento de câncer e na cura de muitas doenças


Músicas que reduzem tumores, que fazem células cancerosas desaparecerem, você imagina uma coisa assim? Pois, essa é uma nova vertente do uso da musicoterapia, antes usada para tratar problemas psicológicos e que agora se mostra efetiva em tratamentos de câncer.

O estudo realizado pela pesquisadora Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (UFRJ), afirma que a música poderia servir como parte importante de tratamentos de câncer de mama, não só por ser importante para a parte emocional de todo doente de câncer mas, também por afetar, diretamente, o desenvolvimento dos tumores.

Esse estudo, iniciado em 2010, analisa os efeitos de determinadas músicas clássicas, e suas ondas sonoras, sobre o desenvolvimento ou regressão de tumores cancerígenos de mama. Segundo o estudo quando células MCF-7 (de câncer de mama humano) são expostas à 5ª Sinfonia de Beethoven e à composição Atmosphères, de Gyorgy Ligeti, tendem a diminuir de tamanho e morrer“.

“Iniciamos nosso trabalho usando três composições: a Sonata para 2 Pianos em Ré maior, de Mozart (conhecida por causar o “efeito Mozart”, um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal de um indivíduo), a 5ª Sinfonia de Beethoven e Atmosphères, uma composição contemporânea, que se caracteriza principalmente pela ausência de uma linha melódica que traduza o tema”, afirma Márcia.

Mas, Mozart não teve o efeito devastador que foi verificado quando as células foram expostas a Beethoven e Ligeti – sim, 20% delas morreram, ocorreu redução significativa do seu tamanho e diminuição da granulosidade.

“Ainda precisamos estudar melhor os mecanismos desses efeitos, ou seja: porque apenas alguns tipos de células são sensíveis a estas músicas? E por que apenas alguns tipos específicos de músicas provocam efeitos? Fizemos testes também com a MDCK, uma célula não-tumorigênica, e com linfócitos, e elas não responderam a estes estímulos sonoros”, continua a pesquisadora ao explicar seu estudo e conclusões.

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Efeitos da musicoterapia

Mozart é um dos compositores mais usados em musicoterapia para tratar desordens emocionais e já foram descritos os efeitos da sua Sonata para 2 Pianos, na redução do número de ataques epiléticos e aumento da capacidade de memória em casos de Alzheimer. Como sugere Márcia, “pode ser que a música de Mozart gere efeitos apenas em neurônios, mas não em outros tipos de célula”.

Abaixo são sugeridas algumas peças musicais cujo efeito curativo já foi bastante estudado na musicoterapia.

musicoterapia

Efeito medicinal de alguns instrumentos musicais

círculo verde PIANO – combate a depressão e a melancolia

círculo verde VIOLINO – combate a sensação de insegurança

círculo verde FLAUTA DOCE – combate nervosismo e ansiedade

círculo verde VIOLONCELO – incentiva a introspecção e a sobriedade

círculo verde DE SOPRO – inspiram coragem e impulsividade.

Sugestão de algumas peças musicais para combater a depressão

– Sonho de Amor, de Liszt

– Serenata, de Schubert

– Guilherme Tell (Abertura), de Rossini

– Noturno Opus 48, de Chopin

– Chacona, de Bach.O ideal é uma sessão diária de meia hora pela manhã.

Algumas peças musicais que combatem a insônia e tensão nervosa são:

– Canção da Primavera, de Mendelssohn

– Sonata ao Luar, de Beethoven (Primeiro Movimento)

– Valsa nº15 em Lá Bemol, de Brahmms

– Sonho de Amor, de Liszt

– Movimentos Musicais nº3, de Schubert.

Durante a gravidez ouça estas peças:

– Concerto para violino, Opus 87B, de Sibelius.

– Sonata Opus 56, de Haydn

– As quatro Estações, de Vivaldi

– Concerto Tríplice, de Beethoven

– Concerto para violino, de Brahmms

– Concerto para violino, de Tchaikovsky

Parece que, se ouvidas alternadamente, durante a gravidez e nos dias anteriores ao parto, este movimento será mais fácil e o bebê nascerá mais tranquilo.

Para estimular a memória ouça:

– Concerto em Dó Maior para bandolim, corda e clavicórdio, de Vivaldi

– Concerto em Dó maior para clavicórdio, BMW 976, de Bach

– Spectrum Suíte, Confort Zone e Starbone Suíte, de Stephen Halpern.

E, para favorecer os processos de meditação, são indicadas as seguintes obras:

– Concerto nº2 para Piano, de Rachmaninov (último movimento)

– Concerto em Lá menor para piano, de Grieg (primeiro movimento)

– Concerto nº1 para piano, de Tchaikovsky (primeiro movimento)

Claro, a música é muito boa e, em si, tem um efeito curativo pois atua diretamente na nossa alma mas, a musicoterapia é uma ciência de muitos movimentos e que terá bons resultados quando aplicada por um profissional competente e atento. Não há mal, obviamente, em você usar as músicas indicadas em busca dos efeitos que elas produzem mas, caso você esteja precisando de tratamento, procure quem saiba orientá-lo devidamente.

A busca científica para o uso da sonoridade tem a ver com a possibilidade de que essas ondas (o som é uma onda) e suas variações e harmonias possam ter, e têm, influência sobre a composição energética dos elementos. Mais ou menos terá a ver com essa outra pesquisa, sobre o efeito dos sons, ou músicas, na molécula de água, lembra dela?

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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