Calêndula – propriedades e indicações de uso


A calêndula, planta de flores amarelas ou alaranjadas, do gênero Calendula, é reconhecida como medicinal há séculos. A espécie Calendula officinalis é cultivada para este fim e também para cosmética e pigmentos.Conheça a calêndula e use.

A calêndula tem inúmeras propriedades medicinais e foi muito usada na I Grande Guerra, na Europa por sua ação bactericida, anti-inflamatória, cicatrizante e antisséptica.

Outras espécies, a Calendula arvensis, ocorrente nos campos mediterrânicos, assim como a Calendula maritima, natural das ilhas mediterrânicas como a Sicilia, também são usadas nas medicinas populares com os mesmos proveitos curativos.

Veja, nas fotos abaixo, as diferenças entre as espécies de calêndulas. São parecidas, são calêndulas mas não são iguais e, a única estudada até agora é a Calendula officinalis portanto, com esta você pode se sentir seguro.

Calendula officinalis, cultivada

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Calendula arvensis, dos campos e areais de Portugal e Espanha

calendula arvensis

Calendula maritima, das ilhas mediterrânicas (Sicília)

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Em inglês estas flores se conhecem como marigold mas, cabe aqui ressaltar que, nem toda “Marigold” é uma calêndula ou tem suas propriedades medicinais.

O que a calêndula tem que nos faz tanto bem?

As pétalas e o pólen da Calendula officinalis contêm esteres triterpenoides (ação anti-inflamatória) e carotenoides flavoxantina e auroxantina (ação antioxidante). As folhas e os caules contêm, sobretudo, luteina, zeaxantina e beta-caroteno. Toda a planta é comestível e usada nas culinárias tradicionais em saladas, sopas e como condimento (suas pétalas colorem a comida como o açafrão). Os extratos de calêndula são usados em cosméticos devido à presença de saponinas, resinas e óleos essenciais benéficos à pele.

Nos cabelos, a calêndula é indicada para a manutenção da saúde dos fios e da coloração loura, dada por seus pigmentos. Os pigmentos da calêndula são usados no tingimento de tecidos e fios naturais.

Porém, mais interessante aqui, pelo menos a meu ver, é a capacidade da calêndula de nos ajudar, a nós mulheres, na regulagem dos estrogênios, agindo muito amigavelmente conosco quando se inicia a menopausa.

Desde 2009 a Calendula officinalis é reconhecida pelo Ministério da Saúde brasileiro como uma das plantas fitoterápicas de uso do SUS – Serviço Nacional de Saúde.

Usos curativos da calêndula

É comum seu uso em problemas de pele, feridas internas (das mucosas da boca e garganta) e externas tanto o óleo de calêndula como sua tintura. As aplicações podem ser feitas em casos de picadas de insetos, fissuras, cicatrizes, calos, frieiras, queimaduras solares, acne, pequenas feridas, inflamações em geral, problemas nos olhos, dores de cabeça, dor de dentes, micoses.

Veja neste link aqui uma série de informações muito interessantes sobre o uso medicinal histórico das calêndulas.

Na medicina fitoterápica você encontra a calêndula disponível em tintura-mãe, extrato seco, cremes e unguentos, óleo essencial e óleos para massagens. Também pode ser feito chá de suas flores na forma de infusão, para tomar durante o dia, ou decoção, para a preparação de banhos e compressas.

Internamente, o uso da calêndula, em chás ou extrato seco, é indicado para a estimulação hepática, pois promove o fluxo da bile, problemas de estômago, gengivite e aftas. Também tem bom uso no caso de cólicas menstruais e menstruação muito intensa, problemas gástricos e a regulagem hormonal estrogênica.

No livro Backyard Pharmacy: Growing Medicinal Plants in Your Own Yard, de Elizabeth Millard, há um bom estudo sobre as propriedades medicinais comprovadas da calêndula. Quem estiver interessado em aprofundar, recomendo sua leitura.

Muitos estudos têm sido feitos para verificar as possibilidades reais de uso da calêndula em tratamentos de dermatites cancerosas originadas por irradiação (veja aqui, e aqui, por exemplo).

Cuidados com a calêndula

Apesar de tão boa para tantas moléstias, a calêndula pode provocar alergias em pessoas sensíveis ou predispostas. Antes de usar, ou tomar, experimente um pouquinho do óleo de calêndula ou da tintura-mãe, na parte interna do pulso, ou atrás da orelha, regiões de pele mais sensível e bem irrigada. Se notar qualquer reação cutânea como vermelhidão ou coceira interrompa o uso imediatamente pois, isso quererá dizer que seu organismo e a calêndula não se dão tão bem assim.

Não se recomenda o uso interno da calêndula em mulheres grávidas. No entanto, sua tintura e óleo são muito bem usados após o parto, para lavagens vaginais, banhos de assento e para ajudar na cicatrização do coto umbilical da criança.

Leia mais: PRIMEIROS SINTOMAS DE GRAVIDEZ:SERÁ QUE VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA?

Calêndula – efeitos desagradáveis

O uso abusivo de qualquer planta medicinal pode causar efeitos desagradáveis ou até perigosos. No caso da calêndula, o excesso na ingestão pode provocar depressão, nervosismo, falta de apetite, náuseas e vômitos.

Os chás, infusões, de ervas medicinais não devem ultrapassar as doses recomendadas pois a diluição é importante: 1 colher de sopa de folhas ou flores secas por litro de água fervente ou 2 colheres de sopa da planta fresca. Nunca tome um chá medicinal por mais de 7 dias sem interrupção de outros tantos pois, o uso continuado fará com que seu corpo se habitue o que reduzirá o efeito curativo esperado. Alterne os chás aconselhados. Ao dia, se recomenda o consumo máximo de 4 xícaras de chá, não mais.

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Redação greenMe

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