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O pavão é uma linda ave originária da Ásia que encanta os olhos! No topo de sua cauda, que chega a ter dois metros de comprimento, em torno de 200 penas e se abre como um leque, em cada uma das fileiras de penas há um ocelo (pequeno olho) redondo, colorido e com uma aparência cintilante que confere às plumas uma beleza exótica. Sua cauda é uma arte viva que o ser humano cobiça, arranca, comercializa e utiliza para ostentar como objeto de enfeite, fantasia e decoração.
Sobre esta ave extraordinária, vamos saber mais:
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O pavão faz parte da seguinte classificação científica:
Espécies:
O pavão pertence aos gêneros Pavo e Afropavo da mesma família dos faisões. Estas aves se alimentam de insetos, sementes, frutas e outros vegetais.
O pavão roda na época de acasalamento para chamar a atenção da fêmea.
A roda também tem outra finalidade e é utilizada pelo pavão como defesa para afugentar os predadores, com o seguinte mecanismo: ele abre a cauda em leque para aumentar seu tamanho e mostrar-se maior, intimidando o predador, mas logo que fica livre da ameaça fecha a cauda e sai de cena se afastando do perigo.
Durante o período de acasalamento os pavões realizam um ritual de acasalamento, o macho se agita diante da fêmea para chamar a sua atenção realizando vários movimentos principalmente abrindo sua cauda em leque e emitindo gritos como sinal que quer acasalar com a fêmea. Quando o acasalamento ocorre, a pavoa põe entre 4 a 8 ovos, que chocam após 28 dias.
Pavão-indiano:
Pavão-verde:
Pavão-do-Congo:
Pavão-bombom:
É a ave com a maior cauda do mundo.
Pavão-sedentário:
É o pavão que possui o pescoço mais longo.
Pavão-azul:
É considerado sagrado na Índia e uma ave que teve admiração do Rei Salomão e de Alexandre, o Grande.
Pavão-branco:
Esta espécie é branca devido à ausência de melanina, substância responsável pela cor das penas, por isso o pavão-branco é considerado uma ave albina.
O Carnaval é uma festa típica brasileira e internacionalmente conhecida, mas nem todo mundo sabe o que está por trás das fantasias exóticas e exuberantes usadas nos desfiles.
A origem das plumas e penas que enfeitam as musas nos desfiles carnavalescos provêm de aves como o faisão, pavão, ganso e avestruz.
E essas penas não caem sozinhas, não!
O processo de extração das penas é dolorosos e sofrido para estas aves.
Estas aves são criadas em países como África do Sul, China e Índia e comercializam as penas delas para o resto do mundo, principalmente para o Brasil, que as importa em função do Carnaval.
O processo para se obter as penas destas aves é cruel e frio, pois se levanta o pescoço delas com suas as patas amarradas para ir arrancando cada uma de suas penas.
Devido à dor provocada pela extração das penas as aves chegam a ter fraturas de tanto se debaterem. Elas ficam sem penas e com a pele desprotegida exposta ao sol, sujeitas à graves infecções.
Existem alternativas substitutivas das penas destas aves que podem ser vegetais ou sintéticas e já existe algumas escolas de samba que estão se conscientizando e fazendo suas fantasias com esse tipos de materiais, transformando o Carnaval em uma festa mais humanizada para com todos os seres.
Pavão é um animal considerado místico na Índia e outras partes do Oriente.
A roda que esta ave realiza com sua cauda, representa o movimento do Cosmos.
As penas do pavão caem no inverno para novas nascerem.
Na primavera as penas do pavão ficam todas renovadas. Por isso esta ave é símbolo de renovação, imortalidade e renascimento para muitas culturas.
Em termos esotéricos a mudança das penas da cauda do pavão significa a capacidade de transmutação de nossa energia de densa para elevada, e os ocelos das penas na cauda simbolizam a Onisciência Divina, Os Olhos que Tudo Veem.
A coroa na cabeça desta ave se assemelha à uma estrela de seis pontas simbolizando a conexão com o espiritual, a eternidade e a totalidade
A simbologia mística do pavão está associada ao Paraíso por sua beleza e harmonia de suas formas e cores, remetendo ao sentido da perfeição.
Outro significado desta ave se relaciona ao fato dela comer plantas venenosas e até se alimentar de cobras e não sofrer nenhum problema em consequência disso e, bem por isso são seres que representam a imortalidade, invencibilidade, regeneração e transmutação.
O pavão simboliza em linhas gerais:
Religião Hindu:
Para os hindus, o pavão é considerado um animal sagrado e é possível vê-los andando livremente nos templos hindus na Índia, sendo alimentados pelos sacerdotes.
Na religião hindu o pavão está associado à deusa Lakshmi e suas penas representam as qualidades dela, tais como: bondade, paciência, prosperidade e bem-aventurança.
Segundo uma lenda hindu, um formoso pavão ao ouvir Krishna tocar sua doce flauta, deu-lhe de presente a sua mais bela pena.
Krishna fez uma coroa com a pena que recebeu como presente, simbolizando o domínio sobre a vaidade e a luxúria, através da força de vontade, humildade e luz da consciência.
Budismo:
Para os budistas, o pavão representa pureza.
O pavão representa um bodisatva, que atingiu a maestria e mesmo podendo viver em dimensão superior (Nirvana) ele fica na Terra para ajudar a Humanidade a encontrar o caminho da elevação.
As penas da cauda do pavão para os budistas, representam abertura e autencidade, pois estas aves ao abrirem suas caudas se mostram inteiramente como são.
No Budismo, o fato dessa ave se alimentar de plantas venenosas, representa a capacidade de crescer em meio o sofrimento.
Tradição Sufi:
No Sufismo, parte esotérica do Islamismo, é contado que quando a Luz se manifestou e o Self, o Eu Superior, olhou sua imagem refletida em um espelho pela primeira vez, viu a imagem de um pavão com sua cauda aberta.
Segundo a mística Sufi, os ocelos presentes na cauda do pavão simbolizam virtudes do Espírito que enxergam e irradiam através do “Olho do Coração”.
Xamanismo:
O ensinamento Xamã considera o Pavão símbolo de magia, bondade e espiritualidade.
No Xamanismo, o pavão está associado com a ressurreição e na prática Xamã, o totem do pavão nos auxilia a “renovar nossas penas” do passado, para podermos revelar nossas potencialidades e nos expandir.
Teosofia:
Segundo criadora da Teosofia Helena Blavatsky: o “olho” da pena do pavão é associado à glândula pineal, por isso ela representa as faculdades espirituais, a intuição, o sexto sentido e a clarividência.
Na Teosofia o pavão é “emblema do despertar espiritual e da Iniciação”, representando Sabedoria e o Conhecimento Superior.
Cristianismo:
Para os cristãos, o pavão-branco é associado ao Cristo Jesus, como símbolo de ressurreição e sua cor branca representa a força do Espírito Santo.
O pavão remete aos atributos de Cristo como: elevação, expansão e transformação, por isso é um símbolo espiritual associado ao despertar, purificação, à espiritualidade e iluminação.
Zeus era esposo de Hera, mas um dia se encontrou com a ninfa Lo.
Hera ia se aproximando do local onde Zeus e Lo estavam quando ele percebeu que iria ser pego em flagrante transformou a ninfa em uma novilha (vaca jovem).
Suspeitando que estava sendo enganada, Hera pediu à Zeus que lhe desse a novilha de presente e, para não gerar desconfiança ele atendeu o seu pedido.
Hera incumbiu seu fiel servo Argos, um gigante com cem olhos, para tomar conta e vigiar a novilha e mesmo dormindo ele a vigiava com metade de seus olhos abertos
Zeus para salvar a ninfa Lo pediu à Hermes que a libertasse.
Tocando uma melodia, Hermes fez com que Argos adormecesse e fechasse todos os seus olhos.
Hermes acabou tirando a vida de Argos e libertou a jovem.
Hera soube da morte de Argos e ficou muito triste e para eternizá-lo ela pegou os olhos dele e colocou-os na cauda de seu pavão sagrado.
Um jovem chamado Adi queria ir em busca de mais conhecimento. Seu professor o orientou que ele fosse para o sul e descobrisse o significado do pavão e da cobra.
Depois de uma longa trajetória, Adi chegou ao Iraque, onde conheceu esses animais.
Ao conversar com eles, Adi resolveu falar sobre os méritos de cada um.
Ao que o pavão disse ser o mais importante por simbolizar o Ser, a aspiração, a beleza celestial, o conhecimento das realidades mais elevadas que estão ocultas no ser humano.
A cobra, em contrapartida, disse que ela simbolizava tudo que o pavão havia descrito, mas além disso ajudava o ser humano a recordar de si mesmo, por ela viver sobre a Terra.
Não concordando com a cobra, o pavão ainda disse que ela era perigosa e dissimulada.
Em resposta ao pavão, a cobra disse que tinha muitas qualidades e que não só ela tinha defeitos, mas ele também, pois era era vaidoso, ostensivo e esquisito. O jovem Adi ao testemunhar a discussão, resolveu intervir e disse-lhes que ambos representavam um ensinamento para a humanidade.
Adi disse que o ser humano se parece com a cobra que rasteja no chão, mesmo tendo capacidade de se elevar.
E para o pavão, Adi disse que o que impede o ser humano de ascender é a vaidade, como a que a ave demonstrava.
E para concluir, Adi disse que ambos, pavão e cobra, representam potenciais do ser humano que não foram realizados e exaltados e isso serve como mensagem de sabedoria para o ser humano.
Existem momentos, como quando o pavão abre sua cauda, que precisamos nos abrir e mostrar nossa luz e apresentar nossas potencialidades ao mundo.
Como o pavão precisa trocar suas penas, nós precisamos mudar nossa forma de ver a vida.
Tem fases que precisamos nos renovar, substituir nossas velhas crenças por novas ideias, expandir nossa consciência e ampliar nossa realidade!
Muito bom refletir e aprender com a simbologia dos animais.
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