Covid-19: novos sintomas detectados e outros sintomas atípicos


Ao passo que o novo coronavírus se espalha criando variantes, a doença por ele causada segue ainda sendo um mistério a ser desvendado, dada a sua complexidade. Sabe-se que a Covid-19 praticamente ataca todo o organismo, e com isso, a cada dia podem surgir novos sintomas da doença.

Os principais sintomas da Covid-19 continuam sendo febre, tosse e falta de ar. No entanto, análises de médicos e especialistas da área da saúde já haviam detectado outros sintomas atípicos como anosmia, disgeusia (alteração do paladar), diarreia e até conjuntivite.

Contudo, com o avanço da pandemia, novos sintomas vão surgindo como manchas e erupções na pele, dores musculares fortes, dor nos olhos, dores de cabeça, entre outros.

Acompanhe abaixo cada um dos sintomas e procure um Pronto Socorro para fazer o teste caso tenha alguns destes sintomas.

Mas o mais importante neste momento de lotação dos serviços de saúde, é o isolamento social caso suspeite de ter contraído o vírus.

Dedos de Covid

Médicos espanhóis detectaram em pacientes internados um sintoma muito atípico. Lesões do tipo pernisose que se apresentam como manchas, placas ou nódulos, de coloração violácea, acompanhadas ou não de descamação, dor, coceira e queimação nas pontas dos dedos das mãos e dos pés. O quadro melhora em 2 a 3 semanas e aparece após exposição ao frio, como informa a UFRGS.

As lesões geralmente melhoram naturalmente sem medicação. A dica é manter as áreas afetadas secas e quentes.

Veja reportagem do SBT no vídeo abaixo com fotos ilustrativas:

Manchas na pele e outras manifestações cutâneas

Além dos dedos de Covid (perniose ou pseudo-perniose), outras manifestações que a infecção pelo novo coronavírus são:

As fotos ilustrativas foram publicadas pela médica dermatologista Dra. Jackeline Mota,

  1. Isquemia acral: manchas avermelhadas ou arroxeadas, inchadas ou não nos dedos das mãos e pés (dedos de Covid).
  2. Isquemia acral: extremidades avermelhadas, as vezes com pontos roxos e um pouco de descamação.
  3. Exantema: manchas avermelhadas e as vezes arroxeadas em todo corpo. Parece lesão de dengue.
  4. Livedo reticular: manchas avermelhadas misturadas com áreas de pele normal.
  5. Erupção maculopapular: parecida com pitiríase rósea.
  6. Urticária: manchas vermelhas e inchadas pelo corpo, pode coçar!
  7. – 9 Eritema multiforme: manchas vermelhas de várias formas e apresentam algumas lesões em alvo

Segundo a Dra Jackeline Mota, ter estes sintomas dermatológicos sem nenhum outro sintoma, pode ser Covid-19 por isso, todo cuidado é pouco para não transmitir o vírus.

Conjuntivite e outras alterações oftalmológicas

A conjuntivite é uma doença altamente contagiosa, o que faz dela um dos sintomas e uma possível causa de contaminação da Covid-19. Isso porque, além da boca e do nariz, os olhos também são uma porta de entrada para vírus e bactérias.

De acordo com informações publicadas no A Gazeta (Espírito Santo), tanto a Academia Americana de Oftalmologia, quanto o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, pactuam da mesma informação. Segundo eles, o novo coronavírus pode sim causar conjuntivite e ser transmitido por ela.

Sintomas da conjuntivite

É muito importante ficar atento aos sinais de vermelhidão nos olhos, lacrimejamento ocular, pálpebras inchadas, secreção purulenta, sensação de areia, coceira ou fotofobia.

Todos esses sintomas estão ligados à conjuntivite e foram apresentados em alguns casos de pessoas diagnosticadas com a Covid-19. Portanto, é importante ressaltar sobre os cuidados que devemos ter com a higiene, pois até mesmo a lágrima de uma pessoa infectada, poderia transmitir o vírus.

Outras alterações oftalmológicas que podem ocorrer na infecção por coronavírus são: alterações na retina, inflamação da córnea e ressecamento dos olhos.

Perda de olfato e paladar

Outra consequência característica da Covid-19 é a perda de olfato (anosmia) e paladar (disgeusia). De acordo com informações da Exame, um estudo realizado com 417 pacientes infectados com a doença, detectou que 86% deles perderam o olfato e 88% tiveram problemas com o paladar.

Esses sinais acontecem em conjunto com os sintomas “normais” e com os de ordem otorrinolaringológica, como dor facial e nariz entupido. Porém, o estudo apontou que 44% das pessoas recuperaram o olfato num período de 15 dias. Ao passo que a recuperação do paladar aconteceu em períodos variados.

O estudo em questão foi realizado na Universidade de Mons (Bélgica).

Diarreia e náusea

Por ser uma doença desconhecida, a Covid-19 foi associada inicialmente apenas aos sintomas parecidos com os de uma gripe. Todavia, médicos de todo o mundo continuam estudando e analisando os outros sintomas que surgem a cada caso.

Os médicos da China foram os primeiros a descobrir uma ligação entre a Covid-19 com problemas gastrointestinais. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association, mostrou que algumas pessoas apresentaram diarreia e náusea antes de desenvolver febre e dificuldades de respirar.

Hoje se sabe que a diarreia é o sintoma mais comum entre os sintomas gastrointestinais causados pela Covid e o mecanismo desse sintoma ainda é amplamente desconhecido.

Alterações neurológicas

Alguns sintomas difíceis de detectar estão ligados à alterações neurológicas do tipo ansiedade, depressão, síndrome de fadiga crônica e dores de cabeça. Mas há também relatos de alteração do estado mental, encefalopatia, encefalite, convulsões e síndromes neuropsiquiátricas (psicose, demência, alterações de personalidade, catatonia).

Com toda essa pandemia nos bombardeando é normal sentir-se cansado, triste e ansioso. Por isso, muito cuidado no diagnóstico com estes sintomas. Avalie os sintomas com um médico e faça o teste se possível.

Sintomas da dengue

Dores no corpo, dor nos olhos, dor de cabeça, manchas na pele e febre… parece dengue? Junte isso com náusea, vomito e diarreia, e temos um quadro de qualquer doença tropical. 

Como não confundir a Covid-19 com a dengue?

Explicou para a Agência Brasília o coordenador da Atenção Primária de Saúde do DF, Fernando Érick Damasceno:

“Embora ambas as condições [dengue e Covid-19] estejam dispostas como síndrome febril, normalmente, os quadros de Covid-19 se assemelham mais aos sintomas gripais e de síndromes respiratórias”.

“Existe também o diferencial da anosmia, que é a ausência da percepção do olfato, do cheiro”. Esse é um grande diferencial da Covid-19 para a dengue. A dengue, por sua vez, costuma vir acompanhada de um processo de mialgia, uma dor muscular e corporal mais intensa”.

A questão é que, no início, com os sintomas leves, é difícil diagnosticar. Por isso, é importante na dúvida, fazer o isolamento social o tanto quanto possível: No mais, uma doença não exclui a outra e existe a  possibilidade de contrair ambas ao mesmo tempo.

Procure uma unidade de saúde para obter uma avaliação profissional, com as orientações sobre os cuidados a serem tomados..

Outros sintomas atípicos

Além dos sintomas citados anteriormente, alguns casos foram relatados como sintomas atípicos, pois à primeira vista, eles não pareciam estar relacionados com a Covid-19. O Olhar digital fez uma abordagem sobre esses possíveis sintomas.

Um dos casos mencionados foi o de um lar de idosos em Washington que registrou quase um terço dos residentes com o novo coronavírus. Metade deles não apresentava os sintomas, mas a outra apresentou mal-estar, sensação geral de desconforto, desorientação e exaustão.

O site destacou também um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o qual aponta para 11% dos casos que apresentaram calafrios e 14% dores musculares. Outro estudo publicado no The Lancet apontou que 8% dos casos apresentou dor de cabeça e tontura, mas esses são sintomas comuns também a outros tipos de doenças e não devem ser vinculados exclusivamente ao contágio pelo novo coronavírus.

Outros 5% dos casos estudados apresentaram sintomas equivalentes aos de uma gripe, como coriza, congestão nasal e dor de garganta, mas esses tampouco são tidos como característicos da Covid-19.

Sem alarme

Lembrando que é importante ficar atento aos sintomas, mas não alarmar com relação aos mais leves.

Devemos evitar a contaminação desnecessária pela exposição aos demais, bem como a sobrecarga dos sistemas de saúde.

O intuito é apenas alertar para a hipótese de contaminação, mas observar o baixo percentual de sintomas leves dos casos estudados.

Além disso, a questão psicológica é muito importante. Por isso, sem alarmes! Fazer o isolamento social em casos de dúvida é um gesto de amor e respeito ao próximo.

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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