Erva-de-Santa-Maria: uma erva santa para muitos usos


A erva de santa maria (Dysphania ambrosioides) também conhecida como mentruz ou mastruço é uma erva muito usada na medicina popular brasileira. Cheirosa, com flores amarelinho pálido, pequenas, em pedúnculo, cresce em qualquer lugar com umidade no solo e forma arbustos de até um metro de altura que se espalham pelo terreno. É uma planta da família botânica Amaranthaceae.

É importante não se confundir com outras que podem ter o mesmo nome como o Tanacetum vulgare e o Thymus zygis, ou até com o mastruço do brasil, Coronopus didymus, que também é conhecido da mesma forma.

Jardim que não tem mentruz não é jardim de vovó. E quem precisa de mentruz, para a barriga, para uma dor, para um banho, trata de arranjar uma mudinha em algum local úmido e levar para sua casa. Se a água não faltar a matinha crescerá até um metro de altura e você terá mentruz para dar e vender.

Mentruz com leite, chá de mentruz, emplastro ou macerado, o mentruz tem uma grande aplicação em caso bronquites, rouquidão ou outras afecções do sistema respiratório. Mas, é o xarope de mentruz que ajuda muito em cólicas intestinais, verminoses e até úlceras ou outros motivos mais graves que provocam vômitos e evacuações de sangue. Sim, em casos de cânceres de estômago, intestino ou cólon o mentruz tem sua aplicação na medicina popular.

É preciso não se enganar pois, no Brasil, muitas ervas têm o mesmo nome, erva-de-santa-maria, dependendo da região. Então, para além de se pesquisar pelo nome científico e, com certeza, consultar os erveiros regionais que sabem muito, verifique sempre as contraindicações e os usos de cada tipo.

Usos medicinais da erva-de-santa-maria (Dysphania ambrosioides)

A erva-de-santa-maria da qual falamos aqui tem muitas propriedades medicinais reconhecidas: é abortiva, anti-inflamatória, anti-helmíntica, antitumoral antiviral, antiasmática, antiespasmódica, antipalúdica, aromática, antiulcerosa, antifúngica, anticancerígena, amebicida, antigripal, antinevrálgica, anti-hemorroidal, antimalárica, antisséptica tópica, béquica, carminativa, cicatrizante, diaforética, digestiva, diurética, emenagoga, emoliente, estimulante, estimulante respiratória, estomacal, eupéptica, parasiticida, peitoral, purgante, sedativa, sudorífica, tônica, vermífuga (Ascaris e Oxyuris).

Seu uso medicinal é consagrado para problemas como: angina, asmas, aumentar a transpiração, bronquite, cãibras, catarro bronquial, cicatrização, circulação, contusões, problemas de estômago, fraturas, fortificante dos pulmões, fungos de solo, gripe, hemorragia interna, hemorroidas, infecção pulmonar, laringites, má circulação, parasitas do intestino em geral (principalmente ascárides, nemástomas, oxiúros), pé de atleta, picadas de insetos, relaxar espasmos, tosse, tuberculose, varizes, vias respiratórias. Também é usada para controle de insetos em hortas (traça do tomateiro e lagarta do cartucho do milho) e insetos caseiros (pulga, piolho, percevejo).

Contraindicações da erva-de-santa-maria (Dysphania ambrosioides)

A diferença entre o remédio e o veneno está, sempre, na dose. A erva-de-santa maria é bastante tóxica, em altas concentrações e pode até causar a morte. Tenha cuidado, respeite as quantidade indicadas pois, não é por fazer seu chá mais concentrado que sua dor de barriga vai sarar mais depressa, certo?

Esta é uma planta abortiva, contraindicada para mulheres que suspeitem de gravidez. Também é desaconselhado seu uso para crianças pequenas e bebês. O uso interno da erva-de-santa-maria precisa de cuidados na dosagem e aplicações pelo que, se recomenda que você consulte antes quem dela entende – fitoterapeutas, erveiros e benzedeiras.

O seu óleo essencial não pode ser ingerido por ser letal ao ser humano (10 mg do óleo é dose para matar um adulto)e o seu uso externo também pode causar reações individuais como náuseas, vômitos, depressão do sistema nervoso, lesões hepáticas e renais, surdez, transtornos visuais, problemas cardíacos e respiratórios, e tem efeito acumulativo. Em ratos foi observada inclusive ação carcinogênica da planta em ratas pois, suas sementes induzem a formação de tumores no estômago. Induz lesões hepáticas, de ossos e glomerulares de caráter reversível em porcos que a consomem. Um dos seus componentes ativos, o ascaridol, em doses elevadas, pode produzir cefalalgia, taquicardia, prostração e morte, por parada respiratória. A dose letal de ascaridol em ratos é de 0,075mg/kg. Esta erva também pode produzir irritação renal, vômitos, convulsões, náuseas e até coma. E no uso externo, irritação de pele e mucosas.

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Fonte foto: wikiwand




Redação greenMe

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Este artigo possui 1 comentário

  1. MARIA APARECIDA MORAES SANTOS GOMES
    Publicado em 09/03/2021 às 8:24 pm [+]

    RUA ANGELO DATTOLI NUMERO 209 PEDRA VIRADA JAGUAQUARA BA


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