Savannah: conheça o maior gato doméstico do mundo


Você já ouviu falar do Savannah? Um gato gigante e um dos mais caros do mundo? Que gato é esse? Por que custa tanto? Vale a pena comprá-lo? Vamos saber!

Um gato chamado Savannah

Gatos são ótimos companheiros e cada um tem uma personalidade que o distingue dos demais. Algumas raças são mais dóceis, outras, mais ariscas, e todos eles guardam entre si a semelhança de serem autoconfiantes…e lindos.

Um deles se destaca pelo porte grande e pelo comportamento, que mais lembra o de um cachorro do que de um gato: o Savannah.

Resultado do cruzamento de um entre um gato doméstico siamês e um gato selvagem serval, o savannah é uma espécie quase rara e bem cara, podendo chegar a 15 mil dólares.

Quer conhecer mais sobre esse bichano. Saiba abaixo tudo sobre ele.

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História do Savannah

Tudo começou em 1986, quando nasceu a primeira gata Savannah, resultado do cruzamento entre uma gata doméstica em um serval africano.

Em 2001, a raça ganhou o registro da The International Cat Association (TICA). O nome vem justamente da região onde vivia o serval, que é típico das savanas.

Eles são classificados como F1, F2, F3 para delimitar qual a distância da linhagem original, ou seja, um Savannah F1 é mais próximo do serval do que um F3.

Características físicas

O Savannah é um gato gigante, podendo chegar a mais de 40 centímetros (ou 17 polegadas).

Essa altura toda deu a essa raça o título de gato doméstico mais alto do mundo, pelo Guiness Book of World Records.

De orelhas esguias e grandes, pelagem curta e cheia de manchinhas, e cabeça triangular, eles possuem cauda curta e linhas mais escuras nos cantos dos olhos, o que dá um ar singular a esses gatinhos.

Comportamento

Talvez o Savannah não seja o ideal para quem vai começar a cuidar de gatos. Ele é dócil, amigável e inteligente, mas adora pular nas coisas e esse super salto é uma das suas principais marcas registradas.

Além disso, não gosta muito de ficar sozinho.

Mais parecidos com cachorros, especialmente pelo seu companheirismo e jeito brincalhão, esses bichanos se dão bem com crianças e podem viver em companhia de outros gatos ou cães. Só evite aves, pois existe uma ancestralidade selvagem. Lembre-se disso!

Ele pode facilmente se acostumar a passear na coleira, mas necessita de bastante interação e estímulo.

Como cuidar de um Savannah

Essa raça de gato, geralmente, vive bastante: entre 12 e 20 anos. Porém na hora de comprar esse bichano, dê uma olhada na legislação local, pois algumas regiões têm restrições por ser um animal “quase” selvagem.

O Savannah exige cuidados semelhantes ao de um gato comum: alimentação equilibrada, idas constantes ao veterinário, escovação semanal, cuidados higiênicos com as unhas e dentes e muito afeto.

Por serem gatos altamente interativos, precisam de bastante atenção e supervisão também, já que eles podem, facilmente, pular na estante e derrubar todos os apetrechos de vidro.

Para ajudá-los, você pode comprar uma árvore de gato, brinquedos e arranhadores.

Dê também água para ele brincar, pois eles adoram. É bom evitar deixá-los ao ar livre, sem vigilância, pois eles podem pular cercas e muros com bastante facilidade.

Reprodução

Geralmente, o Savannah é um gato estéril, tendo em vista que é um cruzamento entre espécies diferentes e isso torna essa uma raça rara.

Por que não comprar um Savannah

O preço não é para todos e o Savannah nem é o gato mais caro do mundo:

Mas nem é esse o motivo pelo qual você não deve comprar um Savannah e nenhum outro animal de raça.

Como foi dito, esse gato não existe na natureza. É uma vida criada em laboratório através da manipulação genética para chegar a uma raça “agradável” ao homem. No caso, um gato com aparência selvagem e temperamento dócil.

Em outras palavras, é como o homem brinca de Deus. Mas, como no filme do Frankenstein (1931), pode ser que um dia a criatura se volte contra a criação.

A manipulação genética é um tema delicado porque a biotecnologia, a engenharia genética e outras áreas afins podem a um certo ponto fugir do controle. Isso sem falar na questão ética da prática.

Na verdade, só o futuro dirá o que essas novas tecnologias podem causar. Claro, podem salvar vidas, podem curar doenças… mas manipular genes para criar animais de raça ao gosto do freguês, apenas para fomentar um comércio de gosto duvidoso, é algo que não existiria se não existisse quem comprasse.

Não compre animais de raça e muito menos de laboratório. A diferença é que a raça é o resultado de um “refinamento” feito através de cruzamentos naturais, enquanto os de laboratório é 100% artificial.

Em ambos os casos existe crueldade e desrespeito. Boicote!

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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