Papel de cannabis: da tradição à inovação para descobrir a cadeia do cânhamo


Usar a cannabis para fazer papel e criar blocos e folhas, objetos de decoração, acessórios e muito mais. Quem diria? O cultivo do cânhamo é muito mais econômico e produtivo do que o tradicional desmatamento para a obtenção da celulose. A cannabis cresce mais rápido e produz uma quantidade quatro vezes maior de papel se comparado aos mesmos hectares de madeira. Pena que seu cultivo no Brasil seja proibido, ainda que para fins médicos e industrias!

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O cultivo de cânhamo e a produção de papel foram duas atividades peculiares da cidade de Fabriano, na Itália, cuja economia foi duramente atingida pela crise. Redescobrindo o cultivo do cânhamo, a produção de papel poderia ser uma solução para a crise. Então Melania Tozzi, de 35 anos, que nasceu e vive nesta cidade, decidiu projetar um novo negócio.

Partindo das lembranças de seus avós, que com o cânhamo faziam de tudo, ela foi pesquisar sobre as tradições das gerações passadas com relação ao uso da planta. Tudo começou com um tear, com o qual há dois anos, Melania aprendeu a tecer o cânhamo.

Bastou adicionar uma panela, um liquidificador e algumas outras ferramentas para dar vida às experiências do projeto Carta Canapa Cruda (Papel de cannabis crua – em livre tradução). Melania conseguiu fazer um papel natural e agradável seja ao toque que aos olhos. Para a sua produção não usou corantes ou agentes químicos de branqueamento, como é o caso do papel feito de madeira. Além disso, a qualidade das fibras do cânhamo, permite evitar o uso das substâncias que dão liga. Fazer papel do cânhamo é uma maneira de obtê-lo sem desmatar florestas.

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Deste papel, Melania produz bijuterias, marcadores, chaveiros, cadernos e blocos. E está à procura de financiamento para reduzir seus custos e aumentar a sua produção, com o objetivo de criar uma verdadeira indústria do cânhamo com novos postos de trabalho para restaurar a esperança de seus compatriotas.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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