“Transportes limpos” são novidade para os Jogos Olímpicos 2016


Em meio às muitas críticas envolvendo a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, uma boa notícia é o investimento feito em transportes que utilizam energia limpa.

Todos os atletas que participarão do mundial olímpico serão transportados em um ônibus elétrico híbrido a hidrogênio desenvolvido pelo Centro de Tecnologia da Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O veículo é híbrido porque pode funcionar com três tipos de fontes de energia, com uma recarga de baterias que percorre 150 quilômetros.

O abastacimento do veículo é feito com cilindros de hidrogênio gasoso instalados no teto. A pilha combustível, que converte o nitrogênio em eletricidade quando exposto ao contato com o oxigênio do ar, fica na traseira do ônibus. “Isso quer dizer que temos o domínio total dessa tecnologia. Ele é um produto que está pronto para ser comercializado”, comemora o professor Paulo Emílio de Miranda, coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe.

Além desse “projeto limpo”, o laboratório já havia desenvolvido um ônibus híbrido movido a etanol e outro 100% elétrico. “O objetivo é que se torne um padrão de uso de ônibus escolar em ambiente urbano brasileiro”, espera o professor.

O Coppe também desenvolveu o projeto do trem de levitação magnética, que ocorre com a interação de ímãs permanentes com supercondutores. O veículo tem 1,5 metro de comprimento e capacidade para transportar 30 passageiros. “Vemos neste veículo muito mais que um veículo para transporte. Vemos nele a possibilidade de arrastar uma série de desenvolvimento tecnológico, ímã, supercondutor veículo leve”, apontou o professor Richard Stephan, coordenador do projeto desenvolvido no Laboratório de Aplicações de Supercondutores do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe.

A vantagem do trem de levitação é que tem um custo menor em comparação a outros veículos. Os pesquisadores calculam que o seu custo é cerca de 1/3 do valor de implantação do metrô. A expectativa do professor Stephan é que o projeto Maglev-Cobra obtenha certificação no próximo ano e, em 2020, já esteja em operação com uma linha de 5 quilômetros de distância entre a Estação de BRT Aroldo Melodia e o Parque Tecnológico da UFRJ. “Este protótipo é sem ar-condicionado, que é grande vilão de consumo energético”, explica o professor.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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