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Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um relatório demonstrando que a poluição urbana está muito acima dos limites recomendados. Por ser a poluição a causa de muitas doenças e casos de morte, ela já é considerada um problema de saúde pública.
Por isso, é fundamental diminuir a quantidade da concentração do ozônio, poluente concentrado nas metrópoles de todo o mundo. A única solução para reduzir a emissão do poluente é diminuindo a quantidade de carros nas ruas, aponta o estudo do pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Júlio Barboza Chiquetto.
A tese de doutorado de Chiqueto simulou vários ambientes como uma cidade repleta de árvores e uma cidade com menor frota de veículos, chegando à conclusão de que mesmo que nossas cidades se transformassem em florestas, a qualidade do ar continuaria sendo péssima com a quantidade de carros que nelas circulam.
O ozônio, que é um dos principais poluentes encontrados nas cidades, é formado pela reação química de gases emitidos pelos automóveis e a luz solar, causa doenças respiratórias e complicações cardiovasculares, segundo Marcos Abdo Arbex, pesquisador do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da USP. Na cidade de São Paulo, estima-se que ocorram cerca de 7 mil mortes decorrentes da poluição, segundo informa o .
O especialista em química atmosférica e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Sérgio Machado Correa demonstra o problema com a seguinte conta: “Uma moto emite mais de dez vezes o que um carro emite em termos de poluentes. Ou seja, um milhão de motos polui mais do que 7 milhões de carros”.
A alternativa apontada por especialistas é que os governos devem investir em transportes públicos, para que assim a população deixe de usar o carro – o que, aliás, também reduziria os engarrafamentos que afligem os moradores das cidades brasileiras.
Um exemplo bem-sucedido desse investimento é a construção de linhas de metrô, como ocorreu no Rio de Janeiro com a inauguração da linha expandida para a Barra da Tijuca, que, segundo Correa, fez o engarrafamento diminuir bastante.
O poder público também deve assegurar uma melhora nos padrões de qualidade do ar para os ônibus. Aqui no Brasil, o padrão é de 100 a 500 vezes menor do que o aplicado na Europa, por exemplo. Só com o investimento do setor público e com mudanças mais rigorosas na legislação podemos vislumbrar um ar mais limpo e respirável.
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Categorias: Carro, Locomover-se
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