Menos lixo: na França supermercados deverão vender a granel para reduzir embalagens


A Assembleia Nacional francesa iniciou as discussões sobre a nova lei do clima a ser adotada pela França. Várias manifestações têm ocorrido no país para pressionar o congresso a adotar medidas mais rigorosas de proteção ambiental.

Uma medida já votada pela Assembleia é a venda a granel para reduzir o uso de embalagens. Pela nova lei, as empresas com mais de 400 m2 terão, até 2030, que atingir uma meta de destinar 20% da área das vendas a granel, informa o jornal francês Le Parisien.

De acordo com a correlatora do projeto de lei, a deputada Aurore Bergé, o decreto contempla determinadas empresas, a fim de não colocar em dificuldades o comércio de vinhos e destilados, cosméticos ou perfumes, por exemplo, cuja venda a granel é mais difícil.

Um dos argumentos levantados pelos deputados que trabalham pela aprovação da lei é a proteção dos oceanos de embalagens plásticas descartáveis ​​feitas de polímeros e copolímeros.

Menos amostras e folhetos

Também foi aprovado, para evitar o desperdício, o fim das amostras grátis – a não ser que sejam solicitadas pelo consumidor.

Durante três anos, será adotado o experimento de redução de distribuição de folhetos em caixas de correio, para avaliar o impacto no setor do papel e, em consequência, na reciclagem.

Na última sexta-feira, a Assembleia Nacional também aprovou o fornecimento de peças sobressalentes para certos tipos de produtos, como ferramentas de bricolagem, jardinagem e bicicletas, após, pelo menos, cinco anos de comercialização do produto.

As compras públicas também não ficaram de fora das discussões. Os eurodeputados franceses incluíram no texto legal cláusulas sociais, como o desenvolvimento da economia social e solidária.

A nova lei do clima ainda segue em discussão esta semana.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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