A Horta na Laje: em Paraisópolis um projeto contra a fome e a má nutrição


Notícia boa a gente corre para dar – e esta é ótima. A novidade é que tem horta comunitária em Paraisópolis, um projeto que luta no combate à fome, à má nutrição e pela formação de jovens e mulheres da comunidade.

Paraisópolis, muito prazer

A comunidade de Paraisópolis existe na zona sul de São Paulo, colada ao fino e elegante Morumbi.

A comunidade é imensa – seriam 42 mil pessoas ao menos, segundo o censo de 2010 mas, segundo outros veículos, já chega aos 100 mil vivendo em condições de precariedade urbana – esta é a 23ª maior favela da cidade de São Paulo e a 5ª do Brasil.

Mas, suas ruas estreitas com casas mal acabadas e precárias, está plena de vida boa, humilde e lutadora que não se acanha de seus vizinhos ricos do outro lado do muro.

Parede-meia

Na verdade, Paraisópolis é “parede-meia” com os mais ricos condomínios da capital paulistana, um contraste gritante das diferenças aberrantes da distribuição de renda e oportunidades que temos por aqui.

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Mas, Paraisópolis também é berço de projetos socio-ambientais-culturais de grande impacto e abrangência, projetos esses que mudaram o perfil da favela, antes violenta, para uma comunidade voltada à paz, solidariedade e sustentabilidade.

Paraisópolis em foto:

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A Horta na Laje

A horta na laje, a horta comunitária de Paraisópolis é um projeto do Instituto STOP Hunger, mantido pelo Grupo Sodexo para a luta contra a fome.

Este projeto tem a missão de estimular a produção sustentável de hortaliças, promovendo a alimentação saudável e mostrar aos moradores que é possível se produzir boa parte do seu próprio alimento o que lhes dá maior segurança de vida.

A horta na laje, comunitária, foi instalada na sede da União dos Moradores de Paraisópolis e funciona como “modelo-piloto” para que os moradores as repliquem nas lajes de suas próprias casas.

O cultivo está a cargo de jovens e mulheres que receberam treinamento em técnicas de plantio em vaso – essa prática aumenta o empoderamento feminino e garante uma renda extra para toda a família.

“O projeto nasceu para estimular,através da educação ambiental, a criação de pequenos espaços verdes dentro das lajes e das casas na comunidade, que podem ser utilizados para produzir alimentos mais saudáveis e criar espaços de interação e lazer para as famílias”, afirma Gilson Rodrigues, presidente do Instituto Escola do Povo.

“Mais do que trabalhar no combate à fome e à má nutrição, o projeto pretende dar a oportunidade para que estas pessoas desenvolvam habilidades para plantar, cuidar e semear horta em vaso e/ou em espaços adaptados, a fim de que tenham acesso à alimentos mais saudáveis para consumo próprio e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida”, destaca Fernando Cosenza, presidente do Instituto STOP Hunger.

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Redação greenMe

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