Descoberta a maior reserva marinha do Atlântico no Brasil


A natureza não para de nos surpreender, não é mesmo? A novidade da semana é a descoberta de uma cordilheira na costa do Espírito Santo.

Esse verdadeiro paraíso tem a maior biodiversidade entre todas as ilhas brasileiras, podendo se tornar a maior reserva marinha do mundo, já que tem 450 mil quilômetros quadrados, o que equivalente ao território da Suécia.

A cordilheira na costa capixaba, segundo a Tribuna Online, é composta por 30 montes submarinos de origem vulcânica. Está no oceano Atlântico, a 1.200 quilômetros do continente, localizada entre a capital do estado, Vitória, e a Ilha de Trindade.

Para se chegar a esse paraíso intocado, é preciso encarar três dias de navegação, segundo explica o biólogo João Luiz Gasparini, integrante do grupo de pesquisadores que investiga a região: “Em navios da Marinha, são três dias. Mas, dependendo das condições do mar, pode subir para cinco dias”.

A torcida do biólogo é para que a cordilheira seja transformada em unidade de conservação, o que seria um ganho para a ciência e para o meio ambiente. Segundo ele: “A importância de ter essas áreas de proteção é que elas sirvam de berçário marinhos. Áreas que você não destrua o ambiente e continue fazendo pesquisas para medicamentos para cura de doenças”.

O secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, João Pedro de Oliveira da Costa, em entrevista à BBC Brasil, segundo o G1, informou que a pasta está finalizando um relatório, cuja previsão de conclusão é 45 dias, solicitando à presidência da república um decreto para criação de uma unidade de conservação na área da cordilheira e de outra reserva no arquipélago São Pedro e São Paulo. Se assinado, a unidade de conservação será a maior área marinha protegida do Atlântico.

Biodiversidade

A cadeia montanhosa abriga a maior variedade de espécies que vivem em recifes: 270 espécies de peixes recifais – 24 delas ameaçadas de extinção e 13 espécies endêmicas (restritas ao local) –, além de 140 tipos de moluscos, 28 de esponjas, 87 de peixes de mar aberto, 17 de tubarões e 12 de golfinhos e baleias, segundo informa o ES Hoje.

Gasparini descreve que ficou espantado ao pisar pela primeira vez em Trindade, em 1995. Encontrou em uma poça de maré uma espécie que jamais havia sido catalogada pela ciência: um peixe azulado com uma mancha amarela no topo. “De cara percebi que existia ali um universo fantástico para ser explorado”, diz. O animal foi batizado com o nome Stegastes trindadensis e integra um grupo de 13 espécies de peixes recifais endêmicas já registradas na cordilheira.

O biólogo diz que há, ainda, muitas outras espécies a descobrir. “A gente ainda mal arranhou a casca do ovo da biodiversidade da cadeia Vitória-Trindade”.

Notícia maravilhosa para o Brasil e o mundo!




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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