Toxina do cogumelo da morte agora pode ter um antídoto


Um dos cogumelos mais perigosos e mortais encontrados na natureza é o Amanita phalloides, também conhecido como “cogumelo da destruição”, “cogumelo da morte”, “cicuta verde”, “chapéu-da-morte” ou “rebenta-bois”. Este cogumelo é altamente tóxico e contém várias toxinas que afetam o fígado e outros órgãos do corpo humano. Ele pode ser encontrado em várias partes do mundo, principalmente em regiões de clima temperado. Mas agora, o veneno mortal desse cogumelo pode ter um antídoto.

Cogumelo da morte

O Amanita phalloides é responsável por uma alta taxa de mortalidade em casos de envenenamento por cogumelo. Seus efeitos tóxicos podem não ser imediatamente perceptíveis, o que muitas vezes leva as pessoas a consumirem o cogumelo sem saber do perigo.

Esse cogumelo cresce até 15 centímetros de altura e têm um sabor muito bom, de acordo com pessoas que os comeram acidentalmente e sobreviveram. Mas depois, a toxina pode começar a agir e os sintomas podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal intensa e danos graves ao fígado e outros órgãos. Se não for tratado rapidamente, o envenenamento por Amanita phalloides pode ser fatal.

Acredita-se que o imperador romano Cláudio tenha morrido por consumir os cogumelos em 54 DC, assim como o Sacro Imperador Romano Carlos VI, em 1740.

Um antídoto

Cientistas encontraram um possível antídoto para a toxina do cogumelo mortal. O estudo recém-publicado na Nature Communication também se concentrou na via bioquímica pela qual a toxina dos cogumelos – chamada α-amanitina – consegue entrar nas células humanas. O antídoto, uma substância química chamada indocianina verde, seria capaz de interromper esse caminho.

“Isso é fantástico”, diz Helge Bode, químico de produtos naturais do Instituto Max Planck de Microbiologia Terrestre em Marburg, Alemanha. “α-Amanitin é realmente um dos compostos mais perigosos que temos na natureza.”

Para determinar como a indocianina verde consegue inibir a α-amanitina e avaliar a segurança de sua administração em humanos, mais pesquisas precisam ser realizadas. Mas esses primeiros resultados são promissores e abrem caminho para o desenvolvimento de um antídoto em um futuro não muito distante.

Cuidado!

Nós sempre avisamos: nunca toque em plantas e em animais, principalmente se não os conhecer, pois podem ser venenosos. O mesmo vale para os cogumelos. É importante saber que a identificação correta dos cogumelos é essencial para evitar a ingestão acidental de espécies tóxicas. Sem o conhecimento adequado, é recomendado evitar a coleta e o consumo de cogumelos selvagens, a menos que seja feito por especialistas que possam garantir sua segurança.

Veja como é o Amanita phalloides na natureza:

Fonte: Nature

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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