Dinamarca sacrifica 15 milhões de visons para evitar mutação de coronavírus


Com a segunda onda do coronavírus ameaçando a Europa, a Dinamarca decidiu matar 15 milhões de visons, a fim de evitar uma mutação do vírus.

Se a mutação acontecer, a eficácia da vacina pode ser comprometida, segundo informa o HuffPost Itália.

A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, disse que o abate dos animais ocorrerá em todas as fazendas do país, para diminuir o risco de transmissão para humanos.

Frederiksen contou, ainda, que um relatório de uma agência governamental dinamarquesa, que mapeou o Covid-19, mostrou uma mutação no vírus em 12 habitantes do norte do país infectados pelo vison.

O ministro da Saúde, Magnus Heunicke, afirmou que metade dos 783 casos de Covid-19 confirmados no norte da Dinamarca “estão relacionados” ao vison.

“É muito, muito sério. Portanto, o vírus que sofreu mutação no vison pode ter consequências devastadoras em todo o mundo”.

A Dinamarca é um dos principais exportadores do mundo de pele de vison. O país produz, anualmente, cerca de 17 milhões de peles e a maior parte da produção tem como destino China e Hong Kong.

O abate dos milhões de animais pode representar um prejuízo de até 5 bilhões de coroas (785 milhões de dólares). Entretanto, o custo financeiro não pode justificar o custo ambiental e muito menos a mortes dos animais para o bel prazer humano.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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