Os cães sabem reconhecer a felicidade e a raiva dos rostos humanos


Os cães são capazes de entender a diferença entre uma expressão de felicidade de uma de raiva, no rosto humano. Isto é o que diz um novo estudo do biólogo Corsin Müller, da Universidade de Medicina Veterinária de Viena, na Áustria, realizado em 11 cães, incluindo Border Collie, Fox Terrier, Golden Retriever e Pastor Alemão.

É a primeira evidência sólida de que um animal não humano consegue “ler” as expressões emocionais em uma outra espécie.

Os animais, incluindo os seres humanos, podem expressar suas emoções, por exemplo, usando-se de expressões faciais ou de vocalizações. Eles sabem decifrar as expressões emocionais nos membros de sua própria espécie, porque isso lhes permite antecipar o comportamento dos outros e interagir com eles de forma adequada.

Mas entender as diferenças de expressões emocionais em outras espécies é um desafio, porque as emoções podem ser expressas de formas muito diferentes. A capacidade de reconhecer as expressões emocionais em outras espécies, provavelmente, depende da experiência.

No novo estudo, Huber e seus colegas, adestraram os cães para reconhecer imagens de uma mesma pessoa feliz e com raiva. Para alguns cães foram mostrados apenas a metade superior das faces, enquanto para outros só se via as metades inferiores. Os rostos foram apresentados em uma tela sensível ao toque (touch screen) e os cães foram recompensados quando eles tocavam com o focinho o rosto feliz ou enraivecido.

Após este treinamento, os pesquisadores testaram a capacidade dos cães em categorizar espontaneamente novas fotos. Suas performances demonstraram que eles não apenas aprenderam a identificar as expressões faciais, como também usavam o que tinham aprendido sobre os novos rostos. Os pesquisadores dizem que os cães devem ter usado a expressão emocional dos rostos para resolver a tarefa, já que este era o único traço distinto compartilhado.

O estudo foi publicado na revista Current Biology.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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