Os micos-leões-dourados recém-nascidos de 2015


Belíssima notícia para a fauna do Brasil e do mundo! Nascem os primeiros exemplares de micos-leões-dourados deste ano. O evento se deu no último dia 30 de janeiro na Reserva Biológica de Poço das Antas, localizada no município fluminense de Silva Jardim.

O Grupo responsável pelo local é chamado de Banana Ouro, e é monitorado por biólogos da Associação Mico-Leão-Dourado, que divulgou a notícia. Desde outubro de 2014 os profissionais vêm controlando e cuidando do ambiente da Reserva, aguardando por novos nascimentos. A Reserva abriga cerca de 3.2 mil micos, que ainda se espalham por algumas fazendas da região.

Para se ter uma ideia, na década de 1980, os exemplares desta espécie não passavam de 200 exemplares. Apesar da boa notícia, o animal ainda não pode ser considerado livre do fantasma da extinção, porque o habitat original do mico é a floresta, que se encontra em degradação, e apenas locais de difícil acesso, como o alto das serras, são preservados, mas são locais para os quais o mico não consegue se dirigir.

Entenda o processo de proteção ao mico-leão-dourado

Nos anos 1960 Adelmar Filho, primatologista, começou a se preocupar com o salvamento desta espécie. Assim, no começo da década de 1970 teve início o Programa de Conservação do Mico-Leão-Dourado, em cooperação diversas instituições – a Smithsonian Institution, o Zoológico Nacional de Washington, o IBDF – Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (atual IBAMA) e a FEEMA/CPRJ – Centro de Primatologia do Rio de Janeiro.

O convênio continua até hoje, mais forte do que nunca, e ganhou, a partir de 1992, um reforço de peso: a Associação Mico-Leão-Dourado.

O processo de proteção dos animais ameaçados, em geral, passa por uma série de complexidades, como a identificação dos fatores de ameaça das espécies – interferências humanas, naturais, geográficas etc – para que se possa trabalhar sobre cada uma delas, na tentativa de dar suporte às espécies, fazendo com que aumentem em número, novamente.

A técnica mais conhecida e aceita no meio científico para uma melhor análise de como se dará a progressão do processo de extinção de uma espécie, é a PHVA – Population & Habitat Viabilty Assessment, que permite pesar o efeito de todos esses fatores nos próximos dois séculos. Graças à PHVA foi possível identificar quais os fatores que mais interferiam na sobrevivência dos micos, até que se conseguisse reverter o processo de extinção. Mas há muito trabalho a ser feito, pois, para que se considere os micos livres do perigo de extinção, deve haver 2 mil animais vivendo em liberdade, em 25 mil hectares de florestas sob proteção. Isso deve ocorrer até o ano de 2025.

Leia também: 10 animais ameaçados de extinção no Brasil e no mundo

Fonte foto: wikipedia.org




Redação greenMe

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