Picanço-de-crista-amarela (Prionops alberti): ave reaparece após 20 anos de sumiço


Uma descoberta emocionante foi feita durante uma expedição de seis semanas nas densas florestas da República Democrática do Congo. O picanço-de-crista-amarela (Prionops alberti), uma ave que não era vista há cerca de 20 anos, foi redescoberto e fotografado pela primeira vez, mostrando toda a sua beleza.

© Matt Brady/Universidade do Texas em El Paso

© Matt Brady/Universidade do Texas em El Paso

Esta ave, considerada “perdida” e incluída na lista de “aves desaparecidas” elaborada pela American Bird Conservancy, voltou a ser avistada após duas décadas de ausência.

A falta de evidências fotográficas e gravações sonoras por mais de uma década levou à inclusão do picanço-de-crista-amarela nessa lista especial. Organizações como a American Bird Conservancy, BirdLife International e Re:wild lançaram o projeto “Search for Lost Birds” para localizar essas aves desaparecidas.

Durante a expedição, liderada pelos pesquisadores americanos Michael Harvey e Eli Greenbaum, juntamente com o ornitólogo Matt Brady e pesquisadores congoleses, foram encontrados 18 exemplares em três locais diferentes do maciço de Itombwe, uma cadeia montanhosa localizada no Congo.

Os cientistas ficaram impressionados com a beleza única dessas aves, que têm uma plumagem preta uniforme e uma crista amarela intensa ao nível dos olhos. Esta espécie, endêmica das encostas ocidentais do Albertine Rift, tem sido difícil de ser estudada devido às condições políticas instáveis da região. No entanto, a redescoberta desses pássaros pode ajudar nos esforços de conservação das florestas ameaçadas pela mineração, extração de madeira e outras atividades humanas.

Além do picanço-de-crista-amarela, durante a mesma expedição também foi redescoberta uma rã de barriga vermelha (Arthroleptis hematogaster) que não era vista há 70 anos. Essas descobertas destacam a importância de proteger esses ecossistemas ricos em vida e ressaltam a necessidade contínua de explorar e preservar as áreas naturais mais remotas e inacessíveis do planeta.

Fonte: University of Texas at El Paso

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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