Rompimento de barragem em Brumadinho faz 2 anos e Vale segue impune


Há dois anos, em 25 de janeiro, a Vale novamente foi responsável por mais um crime ambiental em Minas Gerais.

Dessa vez, o rompimento da barragem na cidade de Brumadinho tornou-se o maior acidente de trabalho da história da mineração no Brasil e o segundo maior desastre industrial do século.

Não bastassem esses “títulos”, depois do crime de Mariana, Brumadinho foi o palco de outro desastre ambiental provocado pela mesma empresa, o que revela as consequências da falta de fiscalização e a morosidade dos processos judiciais contra a mineradora.

O segundo maior desastre do século deixou o seguinte balanço, de acordo com o Quebrando o Tabu:
  • 270 vítimas fatais, sendo 259 delas já identificadas e 11 ainda permanecem desaparecidas na lama que ainda resta;
  • Milhares de famílias sem água potável;
  • Um rastro de destruição ambiental jamais visto;
  • Cidades ao redor ainda sofrendo com os impactos desse crime;
  • Barragens como a de Brumadinho e Mariana (que se rompeu em 2015) continuam ativadas, com risco de rompimento;
  • R$ 40 bilhões de reais em indenizações que ainda não foram pagos pela Vale aos atingidos;
  • Ninguém foi responsabilizado.

Diante dessa lama de crimes em que a Vale está atolada, ficam várias perguntas: a Vale vai ser responsabilizada? Quando? Ela vai cumprir com os acordos judiciais? Há dois anos as famílias e a sociedade seguem sem essas respostas e, a depender do atual governo, sem esperança.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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