Altas temperaturas, nível do mar, efeito estufa: recordes em 2015‏


Tem muita gente reclamando do frio este ano. Mas é bem possível que ele deixe saudades no próximo verão. Segundo um relatório anual sobre o clima da State of the Climate 2015, no ano passado foram registrados níveis recordes de gás carbônico, de altas temperaturas e de elevação do nível do mar. E a situação pode piorar.

O relatório da State of the Climate 2015 examinou 50 aspectos climáticos diferentes, entre eles, o derretimento do gelo no Ártico e das geleiras em todo o mundo. Doze países tiveram níveis recordes de aquecimento, como Rússia e China. Já na América do Sul foi registrada a temperatura mais quente de todos os tempos no mês de outubro.

O ano de 2015 foi o pior ano da História, segundo o relatório, na consideração da temperatura, do nível do mar e das emissões de gases de efeito estufa, batendo todos os recordes.

O documento de 300 páginas, do qual participaram na sua elaboração 450 cientistas, descreve um destino nada bom para a Terra. “Vários indicadores, tais como as temperaturas na terra, na superfície dos oceanos e as emissões de gases do efeito estufa bateram os recordes registrados há apenas um ano”, alerta o relatório.

Para piorar, grande parte dos indicadores de mudança climática analisados sinaliza para a continuidade do aquecimento global. Pelo segundo ano consecutivo, foram registados recordes de calor. No ano passado, o El Niño foi extremamente forte, o que contribuiu para o superaquecimento no planeta. “Sob o efeito combinado do El Niño e uma tendência de longo prazo para o aquecimento, a Terra registrou recordes de calor pelo segundo ano consecutivo”, diz o documento.

Caos no planeta em 2015

Não foi só a onda de calor exacerbado que houve em 2015. Choveu acima da média, provocando graves inundações. Assim como, também, houve drásticas secas que afetaram duas vezes mais regiões do que em 2014 (14% em 2015 para 8% em 2014).

Os três principais gases causadores do efeito estufa, dióxido de carbono (CO2), metano e óxido nitroso, também chegaram a índices alarmantes em 2015.

O nível dos oceanos vem subindo cada vez mais. Anualmente, eles se precipitam em 3,3 milímetros. Em 2015, chegou a 70 milímetros, mais do que a média registrada em 1993. Se as geleiras e os icebergs continuarem a derreter, nas próximas décadas, esse fenômeno pode se agravar e colocar em risco milhões de pessoas que vivem em regiões litorâneas.

No Ártico, as temperaturas subiram 2,8% em relação a 2007 e 2011, anos em foram batidos os recordes desde que se iniciaram as medições no início do século XX. Já na Antártida, as temperaturas caíram.

Todo esse cenário de caos e desnivelamentos ocorreu ano passado. Pelas tendências apontadas pelo relatório, há sinais de que esses recordes podem ser, ainda, superados. Uma situação preocupante para o futuro do planeta e de todos nós.

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Fonte: uol




Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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