ONU alerta que a Terra corre risco de se tornar um “inferno inabitável” para milhões


A Organização Mundial (ONU) informou, na última segunda-feira, que os líderes políticos e empresariais não estão tomando medidas significativas para reduzir o impacto das mudanças climáticas.

Em relatório elaborado pela United Nations Office for Disaster Risk Reduction (UNDRR) da ONU: O Custo Humano dos Desastres , a organização informa que ocorreram 7.348 desastres naturais, entre 2000 e 2019, o que representou a perda de 1,23 milhão de vidas e impactou 4,2 bilhões de pessoas, além da perda financeira da ordem de 2,97 trilhões de dólares.

Esses números mostram que os desastres quase dobraram nesses últimos vinte anos, frente ao período de 1980 – 1999.

As mudanças climáticas estão por trás de grande parte desses desastres. Enchentes, ondas de calor, furacões, incêndios em florestas e secas cresceram significativamente nas últimas décadas.

O aquecimento global – alvo de muita polêmica, embora os efeitos dele sejam visíveis por todos – pode tornar o mundo um lugar inabitável.

Segundo o Acordo de Paris, a meta desejada é de manutenção de 1,5°C, mas o planeta está passando por um aumento de temperatura que pode chegar a 3,2 graus Celsius ou mais.

Esse aumento pode causar eventos climáticos extremos em todo mundo, segundo aponta o relatório.

O chefe da UNDRR, Mami Mizutori, e do Centro de Pesquisa da Epidemiologia de Desastres da Bélgica, Debarati Guha-Sapir, lembram da importância dos governantes para prevenir a ocorrência de mais desastres naturais e do aquecimento global.

É realmente tudo uma questão de governança, se quisermos livrar este planeta do flagelo da pobreza, da perda das espécies e da biodiversidade, da explosão do risco urbano e das piores consequências do aquecimento global”, concluem no prefácio conjunto ao relatório.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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