Verão 2018-19: MUITA CHUVA e MUITO CALOR!


“Vem chegando o verão, um calor no coração”… Mais do que um calor no coração, este verão promete esquentar o corpo todo!

Hoje, 21 de dezembro, começa a estação mais quente do ano no hemisfério sul.

O Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC-Inpe) e do Instituto Nacional de Meteorologia, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Inmet-Mapa) prevê que o verão 2019 será mais quente e mais chuvoso do que o de 2018.

A previsão é de que de dezembro a fevereiro a temperatura média supere os 31.5 ºC registrados no mesmo período do ano anterior.

El Niño

A climatologista Alice Macedo, do Grupo de Previsão Climática do CPTEC, explicou à BBC News Brasil que esse fenômeno está relacionado ao El Niño, responsável, também, por alterações pluviométricas em algumas regiões do país.

O El Niño é um fenômeno natural que ocorre de forma intervalada – com variações de 2 a 7 anos – em um período de 18 meses. É provocado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico entre as costas oeste da América do Sul e leste da Oceano, na altura da linha do Equador.

O fenômeno gera secas mais intensas em certas regiões do mundo, enquanto outras passam por chuvas severas e inundações.

A manifestação de El Niño se fez perceber nas primeiras semanas de novembro, quando as águas se expandiram por temperaturas elevadas em toda a faixa equatorial do Pacífico.

Calor e mais calor

Mas não será apenas El Niño o único responsável pelo calor trienal excessivo. De acordo com o Inmet, fatores como a temperatura na superfície do oceano Atlântico Sudoeste, na costa da Argentina e do Uruguai, estar acima da média, bem como no Atlântico Subtropical, perto do litoral nordestino, contribuirão para o calor e para a chuva deste verão.

Já o Atlântico Norte está deixando uma fase quente para entrar em uma fria, um fenômeno que pode aumentar as chuvas no norte da região Nordeste no futuro. Embora a previsão de que o calor atinja todas as regiões do Brasil, o Inmet destaca certas particularidades climáticas regionais.

No Nordeste, os estados que sentirão mais calor serão Maranhão, Piauí, Ceará e Pernambuco. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul, norte do Mato Grosso e Sul do Goiás terão temperaturas mais elevadas. A região Sudeste será toda afetada por variações de temperatura acima da média. A região Sul enfrentará a mesma experiência do Sudeste, mas o sul do Rio Grande do Sul pode fugir desse padrão.

Em relação às precipitações, o Inmet prevê que a região Norte receberá mais chuvas em Tocantins, Amapá e Roraima, oeste e sul do Pará e sul do Acre e Rondônia.

No Nordeste, Bahia, litoral de Alagoas e Rio Grande do Norte e sul do Piauí e do Maranhão terão muita chuva. No Centro-Oeste deve chover dentro da normalidade e, no Sudeste, a variação pluviométrica será de normal a acima da média.

Aquecimento global

Os meteorologistas dizem que o aquecimento global e as mudanças climáticas não podem ser acusados como responsáveis pelo aumento de temperatura e de chuvas neste verão. Não se pode tomar como regra apenas um verão isolado para analisar esses fenômenos.

O aquecimento global é demasiado complexo, sendo necessários mais estudos para que se aponte uma relação direta entre ele e os fenômenos climáticos que atingem o hemisfério sul.

Contudo, a sensação é aquela de que está cada vez mais quente!

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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