Chega de hidreléticas: o drama de Tapajós


O governo federal está em vias de dar início às obras para construção das 7 usinas hidrelétricas que irão compor o Complexo do Tapajós, no rio de mesmo nome. Um dos locais mais preservados do território nacional, agora está totalmente ameaçado, não só em relação à biodiversidade, mas também aos povos que lá habitam, índios e ribeirinhos.

Essas populações são as chamadas tradicionais, pois existem no país, desde antes do descobrimento, em 1.500, ou seja, são os verdadeiros donos da terra. Mesmo assim, não conseguem ver seus direitos básicos à demarcação de suas áreas originais, valer como lei. São comuns os desgastes relacionados a essas questões, com grandes empresas e forças políticas tentando eliminar qualquer obstáculo ao dito ‘progresso’.

Uma questão que torna o quadro ainda mais difícil é a crise energética que se abateu sobre o país, devido à estiagem prolongada, que afeta grande parte do território nacional, levando São Paulo à beira de um racionamento de energia.

Um documentário curta-metragem, produzido de forma independente, dá uma pequena ideia do drama desses povos, e como a construção das hidrelétricas, se, por um lado, serve a diversos propósitos, pode, por outro, riscar do mapa uma cultura ancestral de nosso país, além de ameaçar a vida desses seres humanos.

Esforços do Ministério Público Federal de Santarém, no Pará, vem sendo empreendidos no sentido de fazer com que a lei seja cumprida, mas a própria FUNAI parece ser leniente com os interesses das megaconstrutoras e empreiteiras que estarão diretamente envolvidas nas grandiosas licitações do Complexo do Tapajós.

Mesmo com todas as dificuldades, os próprios índios vêm resistindo arduamente, ocupando a sede da FUNAI local e fazendo, eles mesmos, com ajuda de cientistas sociais e historiadores, por meio de dados via GPS, a demarcação de suas terras que já estão no limite de sofrer invasões de garimpeiros.

Muito dessa questão seria diferente, se o governo não investisse tanto na energia gerada por meio da água, mas sim em fontes energéticas alternativas, como a eólica e a solar, além da biomassa e outras.

Se a tão falada diversificação da matriz energética para uma geração de energia mais sustentável fosse praticada, esses grandes empreendimentos perderiam suas funções, e o desequilíbrio ambiental decorrente de tais intervenções – como o alagamento de grandes áreas e as poluições das águas e do solo – seriam evitados.

Leia também: A energia solar é o futuro

Fonte foto: semas.pa.gov.br




Redação greenMe

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