Conferência em Paris termina com Acordo considerado histórico


O grande encontro em Paris terminou com um Acordo comemorado pelos participantes da COP21: 195 países mais a União Europeia. Um documento de 32 páginas fora produzido para “conter o aumento da temperatura média global em bem menos do que 2°C acima dos níveis pré-industriais e envidar esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, reconhecendo que isso reduziria de maneira significativa os riscos e os impactos da mudança climática.”

O Acordo foi chamado de Documento do Século pelo Observatório do Clima, mas alguns ainda poderão dizer que poderia ter sido melhor. Fato é que sob diferentes pontos de vista a Conferência fechou com saldo positivo, primeiro porque colocou um fim no ceticismo com relação ao aquecimento global e deixou claro que a partir de agora não poderemos mais emitir gases de efeito estufa como bem quisermos, e nem mesmo em nome do desenvolvimento econômico.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, declarou que nossa geração poderá dizer à gerações futuras que nós abraçamos a causa e deixaremos um planeta mais habitável a eles.

Os pontos que ficaram passíveis de críticas foram a gradual, talvez muito lenta, descarbonização (produção total da energia por combustíveis fósseis) e a autocertificação (cada país poderá controlar suas próprias reduções de emissões). Contudo, ao que parece, o Acordo seria mesmo um marco: o começo do fim da era dos combustíveis fosseis.

O que resta agora é acompanhar e esperar que os Estados persigam a meta, que não havendo propriamente regras pelas quais cada país deva se guiar para chegar aos menos 2°C, continuaremos a mercê da “boa vontade”, mas, ao menos, passamos da fase do ceticismo com o clima. Hoje podemos dizer que o mundo acordou para o problema do aquecimento global e que o clima fora finalmente tratado com a seriedade que merece.

Cada um de nós que se importa e que quer fazer bem à Terra, pode comemorar. O otimismo se reforça e as manifestações populares (as marchas pelo clima, por exemplo) também devem ser lembradas como importantes catalisadores dessa tomada de consciência. Um futuro melhor é possível. Vamos em frente!

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Fonte foto: carbonbrief.org




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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