Os ingredientes mais tóxicos presentes nos cosméticos


Todos os dias nós usamos sabonetes para tomarmos banhos, cremes hidratantes para o rosto e para o corpo, xampus e condicionadores para os cabelos, sem falar nos inúmeros cosméticos que algumas mulheres usam todos os dias: batons, sombras, brilhos, máscaras para os cílios, base, lápis, kajal, esmaltes…a lista não tem fim. Mas você já se perguntou o que os produtos que usamos diariamente contêm?

Basta ler pelo menos uma vez os rótulos dos cosméticos e dos produtos de higiene pessoal mais comuns, para dar de cara com termos e siglas, muitas vezes difíceis de pronunciar e que podem revelar-se prejudiciais para a saúde, desde uma simples alergia tópica a problemas de sensibilidade a determinados ingredientes ou irritação da pele.

Tentamos compilar uma pequena lista dos ingredientes mais nocivos utilizados em cosméticos:

Conservantes

Substâncias adicionadas aos produtos cosméticos que contêm água para evitar o desenvolvimento de fungos ou bactérias. Entre os mais comuns estão:

Formaldeído: infelizmente encontrado em muitos produtos de uso diário e também amplamente utilizado como conservante cosmético: bases, xampus e esmaltes. O formaldeído, além de ser uma substância conservante é um bactericida poderoso e, embora tenha sido considerado carcinogênico, o formaldeído continua presente em uma ampla gama de produtos, mesmo em concentrações muito baixas.

Parabenos: os seis principais parabenos que podemos encontrar nas formulações são metilparabeno, etilparabeno, propilparabeno, isobutilparabeno, butilparabeno e benzilparabeno, utilizados como conservantes em hidratantes, protetores solares, pastas dentífricas, xampus; produtos para limpeza íntima, desodorantes, gel de barbear, em suma, em muitos cosméticos de uso diário, mesmo nos chamados “produtos naturais” e “orgânicos”.

Os parabenos têm sido amplamente demonstrados como substâncias capazes de penetrarem a pele e permanecerem intactos no interior dos tecidos, de forma cumulativa. Embora sejam legalmente autorizados em muitos países, como na UE por exemplo, os parabenos estão sob suspeita de serem cancerígenos.

Quaternium-15: faz parte dos conservantes e está presente em muitos produtos cosméticos de maquiagem para os olhos, em bases, em xampus, e também em loções hidratantes e filtros solares. A substância é considerada prejudicial porque libera formaldeído, é tóxica e pode levar à sensibilização.

KATHON CG: é um outro conservante de amplo espectro de ação antimicrobiana, incolor e inodoro contido em produtos dermocosméticos, em produtos de cuidados pessoais e produtos de limpeza doméstica. Do ponto de vista toxicológico, o Kathon CG, foi classificado como irritante primário, apesar de ter um grandíssimo uso. É possível encontrar nos rótulos seus sinônimos como GROTAN, EUXIL ou ISOTIAZOLINA.

Outras substâncias comumente utilizadas nos cosméticos que todo mundo tem em casa são:

MEA-DEA-TEA: são as iniciais de monoetanolamina, dietanolamina, trietanolamina e estão presentes em muitos compostos cosméticos. Nós os encontramos principalmente em produtos que fazem espuma, xampus, sabonetes, espumas de banho e dão origem a nitratos e nitrosaminas, consideradas substâncias cancerígenas.

Paraphenylendiamine (PFD): esta substância, de nome difícil de pronunciar é o corante mais importante usado nas colorações de cabelos. Muitas vezes a substância dá origem à sensibilização e tem sido banida em muitos países europeus.

FTALATOS: uma das substâncias mais incriminadoras e também amplamente usada em cosméticos. De acordo com um relatório do Greenpeace, um grande número de perfumes para homens e mulheres das melhores marcas contêm duas substâncias que podem ter efeitos adversos na saúde: ftalatos e almíscares sintéticos.

Tensoativos: são substâncias que fazem espuma, têm propriedades detergentes, emulsificantes e de solubilização. Eles estão presentes em todos os produtos que limpam o corpo e o cabelo, e os mais conhecidos são, sem dúvida, o lauriléter sulfato de sódio (SLES) e o lauril sulfato de sódio (LSS). Não são consideradas como substâncias cancerígenas mas podem ser agressivas e seria melhor preferir produtos que contenham tensoativos mais suaves ou limitar a sua utilização.

Tolueno: o tolueno é o solvente usado para espalhar o esmalte mais facilmente. Infelizmente, em altas concentrações tem sido associado a distúrbios do sistema nervoso e também pode causar danos nos rins. Para resolver este problema, algumas empresas de cosméticos retiraram de seus esmaltes a substância agressiva.

Perfume: todos os cosméticos geralmente têm um cheiro agradável. Nós tendemos a pensar que a fragrância nos produtos para a higiene pessoal é bastante inofensiva, mas não é bem assim. 95% dos produtos químicos utilizados em cosméticos e perfumes são compostos sintéticos derivados de petróleo e, uma vez que os perfumes têm um peso molecular baixo, podem penetrar mais facilmente na pele e podem causar alergias ou dificuldades respiratórias.

HIDROQUINONA: ao ler os rótulos dos produtos para clarear a pele é fácil encontrar este composto, um fenol que pode ser prejudicial, irritante e perigoso para o ambiente. Mesmo que tenha sido proibida a sua utilização como clareador da pele, o fármaco continua a ser usado em tintas para o cabelo, embora em baixas concentrações.

COAL TAR: muitas vezes em dermatologia, para curar a psoríase são utilizados alcatrões. Entre estes, o mais eficaz é o Coal Tar, ou alcatrão de hulha, que, por ser um redutor da atividade seborreica, é usado em muitos cremes para coceira em tratamentos do couro cabeludo, mas a substância pode dar origem a fenômenos de fotossensibilização.

ALLUMINIUM: encontramos dentro de muitos produtos, alimentares ou não, e, claro, não poderia faltar entre os componentes de muitos cosméticos, em especial nos desodorantes e antiperspirantes, que podem conter até 20% de sais de alumínio na forma de cloridratos de de alumínio e hidratos de zircônio. O uso prolongado destas substâncias está associado ao risco de aparecimento de câncer de mama embora o National Cancer Institute diga que não há evidencias conclusivas sobre esta relação causal.

Muitas listas acrescentam ainda mais ingredientes no rol. Outros acreditam que se faça muito barulho por nada. Fato é que não existem pesquisas suficientes sobre o uso prolongado de determinadas substâncias que comprovem a nocividade de determinados produtos. Claro que quanto menos químico usarmos, melhor! Ainda mais na dúvida sobre procedência, quantidade utilizada, etc. Sem neurose e sem exagero, dá para diminuir a exposição aos químicos sem ter que ficar louco lendo rótulo. Basta usar remédios e soluções caseiras para tantos males comuns que nos afetam no dia a dia e para os quais, geralmente, recorremos aos produtos farmacêuticos e cosméticos. Leia abaixo algumas dicas:

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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