Lutando contra a extinção, nascem 3 filhotes de arara-azul-grande


A arara-azul é considerada uma ave em extinção, mas o nascimento dos três filhotinhos da espécie arara-azul-grande, mostra que ainda há esperança!

Segundo noticiou o site “Só Notícia Boa”, duas dessas araras nasceram em Dezembro de 2018, no zoológico de Poços de Caldas, em Minas Gerais. O terceiro filhotinho nasceu em um cativeiro no Paraguai, em Fevereiro deste ano.

As aves brasileiras passam bem, mas uma delas nasceu com problemas de formação. Já a outra cresce linda e saudável, recebendo os cuidados da veterinária Ingrid Caputo, do zoo de Poços de Caldas. O filhote nascido no Paraguai também é saudável e está sendo cuidado por Gustavo Espínola, responsável pela oficina de aves da ONG “Associação de Ornitófilos e Aliados”, na cidade de Luque, Paraguai.

Os três tipos de arara-azul

Existem três tipos de arara-azul: a arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), que é essa dos filhotes que nasceram, a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), que também está em extinção e a Cyanopsitta spixii, que é conhecida como ararinha-azul e ficou famosa por ser a protagonista do filme Rio. Segundo Letícia Carvalho, diretora técnica do zoo das aves de Poços de Caldas, a ararinha-azul ou spixii (a do filme), é bem menor do que as outras, possui uma coloração mais clara e o bico pequeno.

Espécies de aves em extinção

Na última década, oito aves entraram para a lista de aves em extinção. Quatro delas foram identificadas no Brasil e uma delas é justamente a arara-azul. No entanto, de acordo com uma matéria publicada pelo site “The Guardian”, mais de 26.000 espécies do mundo estão ameaçadas. Tudo isso por causa da destruição do habitat pelo homem e do comércio ilegal, na tentativa de reproduzir os machos dessas espécies.

Algumas delas, como o poo-uli (caçadores de árvores) e os alagoeiros (pequeno pássaro arbustivo-arbóreo que tira invertebrado de folhas), desapareceram do Brasil. Além deles, a arara-glauco, que antes era encontrada também na Argentina e no Uruguai, e a coruja-pigmeu de Pernambuco, que tinha 15 cm de altura e comia insetos – sumiram de seus habitats, destruídos pela extração ilegal de madeira.

Apesar das estatísticas feitas pelos peritos na área, pesquisadores dizem que “é importante não declarar a extinção de uma ave, pois o abandono dos esforços de conservação pode acelerar o seu desaparecimento”. No entanto, avaliações precisas da extinção são vitais para um trabalho de conservação eficiente.

“Temos recursos de conservação limitados, por isso precisamos gastá-los com sabedoria e eficácia. Se algumas dessas espécies tiverem ido, precisamos redirecionar esses recursos para aqueles que permanecem”, disse Stuart Butchart, cientista-chefe da BirdLife International.

Da mesma forma, é importante valorizar o trabalho de zoológicos como o de Poços de Caldas, em Minas Gerais, pois o nascimento dos dois filhotes de arara-azul-grande ocorrido lá, gratifica o esforço deles e nos enche de esperança. Esses pássaros são lindos e merecem voar soltos pela natureza!

É uma pena que muitas pessoas egoístas pensam apenas no próprio ego e acabam capturando esses animais, como um hobby, por pura diversão. Quem gosta mesmo de aves, deve deixá-las livres e soltas, apreciando sua beleza em liberdade e, se possível, fazer parte de ONGs como essas que protegem os animais e trabalham duro para recuperá-los.

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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