12 alimentos que sabotam a dieta sem você perceber


Muitas pessoas são adeptas de dietas, ou porque precisam perder peso ou porque enfrentam alguma doença cujo tratamento envolve uma dieta específica. Embora o termo “dieta” ainda esteja em alta devido a estes aspectos ou situações, precisamos repensar e começar a trocar essa prática para o termo “reeducação alimentar” que vai muito além de uma simples dieta, e ajuda a entender também o porquê de alguns alimentos, que são considerados “fitness”, não indicarem necessariamente que são saudáveis e, muito menos, que ajudam a emagrecer.

Normalmente quem quer emagrecer se consulta com um nutricionista que prescreve uma dieta de acordo com o objetivo e com o tipo (físico, biológicos) de cada um, mas existem ainda pessoas que vão “na onda” de quem já faz dieta e, querendo copiar o estilo de vida com o intuito de atingirem os mesmos resultados, acabam “pecando” com os excessos cometidos e até mesmo com a falta de informação.

É importante lembrar que tudo em excesso faz mal. Por isso, muitos dos alimentos que apresentaremos aqui podem comprovar esse ditado e você pode se surpreender com alguns deles, já que aprendemos que eles são saudáveis ou que ajudam a emagrecer.

É o exemplo das carnes magras que, de acordo com algumas pesquisas, contêm substâncias prejudiciais não só para a saúde dos animais como para o organismo humano e podem atrapalhar o objetivo de quem deseja ter uma vida mais saudável.

Você sabia que até uma simples saladinha pode nos fazer engordar? Pois é! Esse e outros alimentos comuns nas dietas não são o que parecem, por isso precisamos ter consciência do que entra em nosso corpo e quais efeitos podem causar. Saiba mais!

1. Carnes “magras”

Presente na maioria das dietas, principalmente nas dietas “marombas” de quem quer ganhar massa magra, o frango pode ser um vilão não só devido à quantidade de hormônios e antibióticos que são injetados para que cresçam e se reproduzam mais rapidamente para atender a demanda, mas também devido à ração preparada para estes animais.

Uma pesquisa brasileira mostrou que a ração oferecida aos frangos estava contaminada com micotoxinas produzidas por fungos que causam danos às carnes dos frangos e consequentemente às pessoas que a ingerem.

Peixes também vêm sendo produzidos cada vez mais em cativeiros e, todo animal em cativeiro, recebe antibióticos como método profilático de não pegar e espalhar doença, além de uma série de medicamentos usados para fazer o animal crescer “bem”. Já nos mares há o perigo da contaminação por metais pesados, como o mercúrio por exemplo, que pode desencadear doenças hormonais no corpo humano.

Mas a questão é o fato de engordar ou não e, no caso das carnes magras, a relação está no fato das pessoas terem uma ideia errada de que, só por que é saudável, não engorda e podem comer bastante. Ledo engano! O ideal é seguir exatamente a quantidade indicada pelo nutricionista que estudou para isso e, no caso de pessoas vegetarianas ou veganas, procurar uma substituição à altura para suprir a quantidade de certos nutrientes que podem faltar, ou ser deficiente, neste tipo de alimentação.

Para ajudar a minimizar o problema das carnes contaminadas, o ideal é diminuir o consumo ou procurar por pequenos produtores que tratam os animais de uma forma mais “natural”.

Existem organizações que defendem o consumo consciente, principalmente de alimentos orgânicos que está cada vez mais em alta.

Procure saber mais sobre o assunto.

2. Saladas muito temperadas

salada 1

As saladas em si, folhas, legumes e vegetais não nos fazem engordar (nesse caso nem se comer em excesso, se é que é possível), mas sim o que se coloca para temperá-las. Muitas pesquisas concordam com isso e indicam para, se possível, comerem salada sem tempero. Quem não consegue, deve usar no máximo um pouco de vinagre ou limão, azeite, quase nada de sal e algumas especiarias, como orégano e pimenta, mas nada de “encharcar” a salada com aqueles molhos prontos gordurosos à base de queijo e cremes.

3. Açaí

Açaí

O açaí é uma fruta muito conhecida por proporcionar energia para os praticantes de atividades físicas, mas deve ser consumido com cuidado devido ao alto valor calórico que possui (248 calorias a cada 100 g).

Trata-se de uma fruta da região amazônica muito rica em nutrientes, cálcio, ferro e vitamina B1.

Geralmente é consumida com granola e frutas, o que podem aumentar ainda mais o valor calórico da porção.

O ideal é consumí-la com moderação e pelo menos 1 hora antes do treino e se for acrescida de granola, prefira as que não têm açúcar na composição, pois o açaí normalmente é batido com banana, o que o deixa mais doce. Por isso também, ao escolher a fruta que vai acompanhar o açaí e a granola, prefira as menos doces como morango, por exemplo.

4. Frutas secas e oleaginosas

fruta seca

As frutas secas e as oleaginosas são indicadas como ótimas opções para o lanche da tarde, por exemplo, mas é preciso ter cuidado com essa recomendação, pois o consumo exagerado pode causar o efeito reverso de quem quer perder peso. Isso porque as frutas secas, por serem desidratadas acabam acumulando mais frutose em sua composição e por serem menores, as pessoas acabam comendo uma quantidade maior para se saciarem.

O mesmo vale para as oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas, amendoim, etc) que, apesar de serem de fato muito saudáveis, ricas em gorduras “do bem”, o consumo delas deve ser limitado a uma pouca quantidade por dia.

5. Refrigerante light

refrigerante light

Muitas pessoas não vivem sem refrigerante e acabam optando pelas versões zero e light para não ficarem com “peso na consciência”, mas mal sabem elas que além de estarem “trocando 6 por meia-dúzia”, a situação é ainda pior quando descobrimos que o adoçante que é colocado nos refrigerantes “sugar-free”, além de viciar, faz com que o paladar das pessoas sinta ainda mais falta de açúcar e, quando a pessoa precisa escolher outros alimentos para se alimentar, acaba optando por escolhas mais gordurosas e açucaradas. É o que aponta uma pesquisa sobre bebidas light/diet feita com pesquisadores de uma Universidade no Texas, ou seja, refrigerante sem açúcar, é o tiro que sai pela culatra.

6. Sushi

sushi

Muito famoso na culinária japonesa e o queridinho da moda, o sushi que parece ser inofensivo por ser feito com algas, vegetais e peixes pode se tornar um vilão devido ao arroz da composição e à quantidade consumida, principalmente se for mergulhado no molho de soja que contém um alto teor de sódio. Além disso existem as versões mais calóricas do sushi como as que contém cream-cheese, doces e geléias e também os que são fritos. Por isso a indicação é limitar o consumo a no máximo 4 sushis por refeição e dar preferência às opções mais “leves” que são as mais tradicionais.

7. Industrializados

Alimentos industrializados como barrinhas de cereal, bolachas e bebidas “fitness” e até a granola que compramos no mercado são verdadeiros vilões da dieta devido aos ingredientes que estão em sua composição e à maneira com que são preparados.

É por isso que a base de uma boa reeducação alimentar defende a tendência de comer “comida de verdade”, ensinando as pessoas a lerem os rótulos e identificar os ingredientes da “fórmula”, onde em muitos casos o primeiro deles é o açúcar ou algum tipo de farinha mascarada para tentar esconder os perigos dos conservantes que fazem esses alimentos “práticos” durarem por mais tempo.

Para combatermos isso é muito simples: “desembrulhe menos e descasque mais”… Pensem nisso!

8. Glúten free

celiachia gluten free

Na mesma linha dos produtos industrializados, o termo “glúten free” tornou-se quase que uma “modinha” pelo fato de celebridades “fitness” terem adotado o hábito de consumir alimentos sem glúten.

Para quem não sabe, o glúten é uma proteína do trigo e atualmente vem sendo abolida da alimentação, assim como a lactose (açúcar do leite), principalmente por pessoas com doenças celíacas que são intolerantes ao glúten.

Além das pessoas com doenças celíacas, quem tem Tireoidite de Hashimoto por exemplo, também deve evitar o glúten devido ao fato da proteína ser a mesma da glândula Tireóide, fazendo com que esta seja destruída pelo próprio corpo que produz anticorpos contra ela devido à alta concentração de glúten no organismo.

Esses problemas relacionados ao glúten são recorrentes nos dias atuais devido à mutação ocorrida no trigo para suprir a atual demanda. O trigo puro, orgânico, do tempo dos nossos avós por exemplo, não causa esse estrago todo.

Além dos problemas mencionados, o glúten também é responsável pelo inchaço do estômago, estufamento e gazes, por isso as pessoas estão abolindo esta substância de suas dietas. Ao fazerem isto, optam por alimentos industrializados com a indicação “Sem glúten” ou “Gluten free” em suas embalagens, mas a maioria dessas pessoas esquecem de conferir os outros ingredientes da composição e a situação se repete: muito açúcar, outros tipos de farinhas que aumentam o índice glicêmico, consequentemente o acúmulo de açúcar no sangue e de gordura no corpo.

Ao lerem “sem glúten” e associarem com o fato de que é saudável, acham que podem comer a vontade… Um grande erro!

9. Pão integral

pao integral

Assim como o arroz integral, o pão integral tem mais fibras e promove uma sensação maior de saciedade no estômago fazendo com que se tenha fome depois de um período maior de tempo. Além disso, o pão integral possui uma quantidade maior de nutrientes, por isso é o mais indicado não só para quem faz dieta.

Porém, o pão integral é mal interpretado pelas pessoas, pois por ser mais saudável do que o pão de farinha branca, acaba sendo consumido em excesso e é aí que está o problema.

Por isso é indicado a consulta com um nutricionista para que ele ou ela possa avaliar a quantidade necessária de acordo com o objetivo de cada um. Normalmente eles indicam duas fatias como opção de carboidrato por refeição, mas a quantidade pode variar de pessoa para pessoa.

10. Água de côco

agua coco

De todos os alimentos citados aqui, este foi o mais surpreendente, pois quem diria que a nossa querida água de côco pudesse atrapalhar a dieta? Pois acredite, isso é possível porque a água de côco, embora seja rica em sais minerais, contém aproximadamente 40 calorias em um copo de 200 ml, além de açúcares, gorduras e carboidratos que também se transformam em açúcar no organismo.

Por isso o ideal é que ela seja consumida após a atividade física para hidratação, mas não é recomendado que ela substitua a água mineral.

11. Alimentos fitness

A palavra fitness, ou simplesmente fit, caiu na boca do povo, tá na moda! Mas você sabe o que é um alimento fitness? A nutricionista Lívia Nogueira explicou para a Marie Claire, que fitness seriam alimentos que contêm “ingredientes-chave que ajudam a melhorar o desempenho durante as atividades físicas”, ou seja, ajudam no rendimento muscular, cardiovascular, etc, durante os exercícios. São por exemplo, a batata-doce (por conter carboidrato de baixo índice glicêmico), o frango e o ovo (porque são super proteicos).

Então, se você não for fitness (ou seja, se não praticar atividades físicas regulares) os “fitness” podem fazer com que você engorde. Portanto, duvide desta palavra contida nas embalagens dos produtos industrializados, pois ela pode simplesmente significar nada, além da publicidade.

Aliás, é bom saber as diferenças entre diet, light, zero e fit (resumidamente: diet seria para diabéticos ou outras pessoas com restrição alimentar; os lights contêm algum (s) ingrediente (s) reduzido (s): açúcar, gordura, sódio, etc; os zero contém algum zero ingrediente como açúcar, calorias, gorduras, etc) e os fit, como dissemos, em produtos industrializados, significa nada, é só uma palavra da moda.

12. Frutas

Além desses 11 alimentos listados como sabotadores de dieta, lembramos também que o consumo de frutas é essencial para obtermos a quantidade necessária de vitaminas e fibras que nosso corpo precisa, mas também devem ser consumidas com moderação devido à quantidade de frutose (um tipo de açúcar) em sua composição.

Em dietas para pessoas muito obesas por exemplo, a fruta é abolida por um período, ou pelo menos até que o objetivo seja atingido. Depois ela é introduzida à uma alimentação “normal” com moderação e equilíbrio.

Resumindo

Resumindo tudo o que falamos aqui, o segredo é simples: evite, ou melhor, elimine, os industrializados do teu cardápio e alimente-se com moderação, lembrando que alimentar é diferente de comer! Comemos quando temos vontade e isso faz com que sejamos tentados a fazer escolhas ruins. Nosso corpo é sábio e pede por alimento de verdade, além de indicar quando está satisfeito. Por isso, preste atenção nos sinais do seu corpo.

Precisando de ajuda, consulte um nutricionista, nutrólogo ou endocrinologista!

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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