Vinho Vegano existe? O que é e como reconhecê-lo


Se você ja viu ou ouviu falar por aí de vinho vegano deve ter batido aquela dúvida cruel: o mundo está louco mesmo? Desde que o vinho é vinho, ele sempre foi vegano pois sempre foi feito de uva e nada além de uva. Ou será que você está enganado? Pois vamos saber o que é vinho vegano e se dá para reconhecer quando um vinho é livre de ingredientes de origem animal.

Desvendando Mitos e Sabores

No universo enológico, onde aromas e sabores se entrelaçam em um balé de degustação, surge uma indagação intrigante: afinal, o que define um vinho como sendo vegano? A resposta, mais complexa do que aparenta, transcende a mera presença das uvas e mergulha nas profundezas de uma filosofia que preza pela harmonia entre natureza, animais e seres humanos.

Vinho Vegano: Muito Além das Uvas

Na busca por compreender o que verdadeiramente encerra o conceito de vinho vegano, somos conduzidos por uma jornada que abraça todas as etapas, desde o momento em que a primeira videira é plantada até o brinde final. A filosofia vegana implica em um compromisso integral, excluindo qualquer intervenção humana sobre os animais, direta ou indireta. Isso abrange desde o solo que nutre as uvas até o delicado processo de clarificação do vinho, que muitas vezes é o ponto focal da discussão sobre a veganização.

A Vinha: Raízes da Consciência

Na vinha, o próprio início da jornada vinícola, o cultivo é guiado por princípios orgânicos, onde produtos naturais, como compostos vegetais, desempenham um papel fundamental na nutrição e saúde das plantas. Aqui, reside a preocupação com a origem dos elementos que constituem a base da bebida, refletindo uma conexão profunda com a natureza.

Isso inclui compostagem orgânica de origem não animal (não minhocas, por exemplo) ou uso de pesticidas que possam prejudicar os insetos.

O Compromisso na Adega

O processo de vinificação apresenta encruzilhadas cruciais para a vinificação vegana. A clarificação, que confere a limpidez visual ao vinho, costuma ser o ponto onde as escolhas éticas mais se destacam. No universo não vegano, clarificantes como isinglass (cola de peixe), caseínas (proteínas do leite) ou albuminas (proteínas do ovo) podem ser utilizados. No entanto, para o vinho vegano, tais ingredientes são proibidos. A busca por alternativas vegetais é a trilha seguida, utilizando proteínas de origem vegetal, extraídas de leveduras de fermentação ou leguminosas. O vinho orgânico e vegano não é apenas um produto, mas uma obra-prima de escolhas cuidadosas.

Desvendando Rótulos e Selos

À medida que a demanda por vinhos veganos cresce globalmente, surge a necessidade de identificação e certificação. A presença de selos veganos sinaliza ao consumidor que a jornada desde a vinha até a taça foi trilhada de forma a preservar os princípios veganos. Esses selos representam a garantia de que nenhuma substância de origem animal foi utilizada em qualquer fase do processo, ressoando com a busca pela verdade e transparência.

Uma Revolução no Mundo do Vinho

O aumento da conscientização sobre questões éticas e ambientais está impulsionando uma revolução nos vinhedos, onde o compromisso com a vida, o respeito e a autenticidade florescem. O vinho vegano não é meramente uma escolha de sabor, mas uma declaração de valores, celebrando a coexistência e o equilíbrio entre a humanidade, a natureza e todos os seres vivos.

Ao brindarmos com um cálice de vinho vegano, brindamos não apenas ao deleite dos sentidos, mas também à promessa de um mundo onde a compaixão e a harmonia ecoam em cada gota.

Exagero?

Resumindo, na produção de vinhos veganos é proibida a exploração animal e a adição de ingredientes  de origem animal em todas as suas etapas, incluindo transporte, embalagem e rotulagem. Essa norma abrange não apenas a ausência de carne e seus derivados, mas também se estende aos auxiliares de fabricação e materiais de embalagem. Nos últimos anos, o interesse e certificações em vinhos veganos cresceram significativamente, impulsionados pela conscientização dos consumidores sobre ingredientes provenientes de abate e exploração animal, refletindo uma sensibilidade em ascensão.

Você acha tudo isso um exagero? Comenta pra gente!

Fonte: Vegolosi.it

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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