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O milho é um cereal da família Poaceae, primo do trigo, aveia e arroz – seu nome científico é Zea mays. Há 7 mil anos o milho está na alimentação humana ocupando um espaço muito importante, especialmente nas populações latinoamericanas, região de onde ele se origina.
Nós conhecemos o milho domesticado, de grãos gordos, redondinhos e amarelos e alguns outros tipos, regionais mas, existem muitos outros, coloridos, nativos, sementes crioulas. O milho que se produz é um híbrido conseguido por seleção de melhores cultivares, as plantas maiores, que davam espigas mais cheias, talvez o mais antigo de todos pois sua domesticação data de, pelo menos 7 mil anos.
Milho é cereal sem glúten, rico em ferro e outros minerais, com um amido de fácil digestão e alimento adequado para todas as idades, sem restrições. É uma fonte importnte de ácido fólico e vitamina B1, com fibras saudáveis que retardam a absorção dos açúcares e melhoram o sistema evacuatório portanto, de certa forma também age como um alimento desintoxicante.
Com essas qualidades, milho é adequado para a dieta das pessoas que são intolerantes ao glúten, para grávidas, lactentes e doentes em recuperação.
As papas de milho, ou mingaus, são usadas nas dietas dos convalescentes por serem de fácil digestão, alimentícias e confortantes. Também são adequadas como alimento novo durante o processo de desmame dos bebês.
As características do milho como alimento estão aliadas à sua ação controladora das gorduras (tanto na ingestão destas, ou eliminação pelo bolo fecal, como ação secundária das fibras vegetais, como na regulagem da sua produção pelo fígado), no combate à diabetes, na manutenção de uma pressão arterial equilibrada, nas dietas contra a obesidade, nos problemas de retenção hídrica e nas patologias que produzem espasmos do cólon.
Foto – Milho Crioulo, uma riqueza da humanidade
O milho é um alimento rico em minerais, aminoácidos, proteínas e fibras digestivas importantes para a alimentação humana. Em 100 g de milho em grãos há 353 kcal / 1475 kj e, detalhadamente:
● Água 12,5 g
● Carboidratos 75,1 g
● Açúcares 2,5 g
● Proteína 9,2 g
● Gordura total 3,8 g
● Fibra total 2 g
● Sódio 35 mg
● Potássio 287 mg
● Ferro 2,40 mg
● Cálcio 15 mg
● Fósforo 256 mg
● Magnésio 120 mg
● Zinco 2,21 mg
● Cobre 0,31 mg
● Selênio 15.50 micg
● Vitamina B1 0,36 mg
● Vitamina B2 0,20 mg
● Vitamina B3 1,50 mg
● Vitamina A 62 mg
● Vitamina C 0 mg
O milho é um alimento rico em aminoácidos necessários à nossa alimentação – contêm todos os aminoácidos conhecidos exceto a lisina e o triptofano.
Toda a planta é curativa e, de cada uma de suas partes podemos fazer remédio que têm suas indicações em tratamentos para o trato digestivo (estômago, intestinos e cólon), para os ossos, rins e sistema cardiovascular.
Da palha do milho se faz um chá que alivia problemas renais, infecções urinárias, combate os inchaços e a retenção hídrica.
Dos cabelos do milho se faz um chá que é potente como diurético.
Da farinha do milho se faz cataplasmas curativos para problemas de pele, que funciona como antiinflamatório em feridas, contusões, furúnculos e dores reumáticas. Também com a farinha do milho, moída fina, se faz um bom peeling para limpar a pele.
O óleo de milho é saudável na cozinha e como emoliente para a pele ajudando nos processos de cicatrização, hidratação e recuperação das peles ressecadas por ser riquíssimo em vitamina E.
Essa é a pergunta que mais aflige a todos os que têm problemas com engordar, ou que lutam por emagrecer e buscam a dieta milagrosa que os ajude – bem, tenho de lhes contar uma coisa: tudo engorda se você exagerar, claro!
No caso do milho, este é um alimento rico, de fácil digestão e, se consumido de forma adequada, só vai te engordar se houver exagero na quantidade diária. No entanto, tenha atenção para o fato de que estou falando aqui do milho in natura e não do milho enlatado ou processado – porque, nesses casos, o que engorda são os aditivos que entram no processamento industrial do milho (açúcar, glucose, etc) ou no excesso de sal. Então, caso você tenha de usar o milho em grão, enlatado, lave-o bem antes, para reduzir o efeito do acúmulo dos aditivos de preservação.
Bem, não é necessário lembrar que se você acrescentar aos seus cozinhados com milho, gorduras e açúcares, logicamente, estes terão uma capacidade bem maior de contribuir para o seu aumento de volume, não é?
Curau, pamonha, creme de milho, crespinho de milho, suco de milho verde…para não falar da receita mais simples, e talvez mais deliciosa de todas, que é a espiga cozida em água fervendo e servida na palha do milho com um pouquinho de sal. Que maravilha!
E a pipoca, o lanche ideal da criançada?
Com a farinha de milho, com o fubá ou com a canjiquinha, podemos fazer várias coisas gostosas desde o cuscuz paulista ao bolo de fubá, passando pela polenta e pelos biscoitinhos caseiros de milho, as broas de fubá.
Mas cuidado, ao comprar a farinha de milho ou o fubá esteja atento a um triângulo escrito T na embalagem, que significa transgênico. Dê preferência, se puder, aos produtos orgânicos.
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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