Pesquisadores criam Inteligência Artificial capaz de prever a morte

Uma inteligência artificial (IA) capaz de revelar com certa precisão o momento (idade) da morte tornou-se um tópico controverso. Pesquisadores dinamarqueses desenvolveram um algoritmo, o Life2vec, que analisa informações pessoais e socioeconômicas para calcular a expectativa de vida. No entanto, a revelação de que tal IA alcança uma precisão de 78% na previsão do momento do óbito gerou debate sobre seu impacto em uma sociedade já em constante busca pela longevidade.

A tecnologia por trás do Life2vec usa uma sequência de dados que descrevem a vida de um indivíduo para estimar a duração de sua existência. A análise considera fatores como saúde, educação, renda e localização. Porém, a ideia de uma IA prevendo a morte, embora possa fornecer insights valiosos sobre fatores que afetam a longevidade, também suscita questões éticas e filosóficas.

O estudo revelou que fatores como gênero, saúde mental e renda influenciam na expectativa de vida. Enquanto isso, ocupar posições de liderança parece estar associado a uma vida mais longa. No entanto, é importante notar que os dados fornecidos para treinar a IA foram coletados de pessoas entre 35 e 65 anos, o que levanta dúvidas sobre sua aplicabilidade a faixas etárias mais jovens ou mais velhas.

Os criadores do Life2vec ressaltam que nenhuma previsão de morte foi compartilhada com os participantes do estudo, destacando a responsabilidade ética por trás da ferramenta. Além disso, a IA ainda não está disponível ao público, o que levanta questões sobre o impacto potencial de tal tecnologia na saúde mental e emocional das pessoas, já preocupadas com o futuro e o envelhecimento.

Embora essa IA possa fornecer informações valiosas, sua introdução levanta questões profundas sobre o quanto desejamos conhecer sobre nosso destino e como essa informação pode afetar nossa forma de viver e de encarar a morte.

E você? Gostaria de saber com que idade vai morrer?

O estudo Using sequentes on life-events to predict human lives foi publicado na Nature Computational Science.

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