Emergência ebola: suspeita de caso no Brasil. Avaaz convoca voluntários


Um homem que chegou dia 19 de setembro vindo da Guiné para o Brasil, um dos três países que concentram o surto da doença na África, juntamente com a Libéria e Serra Leoa, é suspeito de infecção pelo vírus ebola. Ele foi transferido de Cascavel para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas no Rio de Janeiro na manhã de hoje. O caso está sendo monitorado e a determinação do Ministério da Saúde é a de manter as unidades de saúde em alerta para a possível identificação de sintomas relacionados ao vírus.

Nesta segunda-feira, 6, um caso de ebola foi confirmado em Madri, Espanha. Até o inicio do mês de outubro, segundo dados da OMS, 3.865 pessoas morreram por conta do vírus. O medo de uma pandemia é tão grande que a Avaaz, uma comunidade de mobilização online, está convocando pessoas para trabalharem como voluntários na contenção da epidemia.

“O vírus ebola é uma espiral fora de controle. Casos na África Ocidental estão dobrando a cada 2-3 semanas e a estimativa mais recente diz que até 1,4 milhões de pessoas podem ser infectadas até meados de janeiro. Nessa escala, o ebola ameaça todo o mundo. Anteriores surtos de ebola foram repetidamente contidos em pequenas quantidades, mas a escala da epidemia tem inundado os frágeis sistemas de saúde do continente africano. A Libéria tem menos de 1 médico para cada 100 mil pessoas. Os governos estão fornecendo fundos, mas simplesmente não há pessoal médico suficiente para conter a epidemia. É aí que nós entramos”.

Avvaz convoca médicos, técnicos, logísticos de água e saneamento, trabalhadores de laboratórios e trabalhadores de transportes, para oferecerem ajuda voluntária.

“Encarar essa batalha significa colocar-se em risco, o ebola é altamente contagioso e muitos profissionais da saúde já morreram lutando. Mas se houver qualquer grupo de pessoas que considere tomar este risco em prol da humanidade, a equipe da Avaaz está pronta para assumir o risco com os voluntários, viajando para a linha de frente da crise.”

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Talvez seja mesmo o caso de agregar pessoas para conter o vírus. A OMS e o Médicos sem Fronteiras não são suficientes para enfrentar a batalha. Não por falta de vontade deles. A situação na África é muito delicada: falta água potável, falta saneamento básico, as condições de higiene são precárias, as unidades de tratamento estão tão cheias que muitos pacientes estão morrendo pelas ruas. Uma tragédia! E assim o vírus, que não tem cura e que mata em até 90% dos casos, vai se espalhando…

Fonte foto: cdc.gov




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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