Cientista de 15 anos inventa dispositivo para detecção precoce do câncer


O jovem Jack Andraka inventou um equipamento médico capaz salvar milhares de vidas.

Esse invento é um dispositivo para detectar o câncer pancreático de forma precoce e isso pode promover a cura de pacientes com essa doença.

O que motivou Andraka realizar essa descoberta foi a perda de um amigo próximo, para o câncer do pâncreas. Essa amigo era praticamente um ente da família e teve uma morte dolorosa.

Essa dor marcou demais Andraka e ele colocou em sua mente que, a partir de então, iria buscar uma solução que poderia ter salvado a vida de seu amigo e que possa salvar a vida de outras pessoas.

O jovem inventor de Crownsville, Maryland, percebeu que o que dificulta a cura dessa doença é a falta de métodos de detecção antecipada desse mal, o diagnóstico precoce.

O câncer pancreático em estágio final é uma sentença de morte, pois, somente 2% dos pacientes sobrevivem. Detectando cedo essa doença, as chances de tratamento e cura são maiores.

Para chegar a essa descoberta, Andraka, começou a realizar várias pesquisas e nessa jornada constatou que o método de detecção mais recente tem aproximadamente 60 anos de existência.

Além disso, o custo desse teste é de cerca de US$ 800, com perda de tempo para a evolução do câncer em 30℅, pois, leva cinco dias para ser concluído.

Por conta desse contexto, Andraka resolveu dar um salto adiante e inventou um método de detecção de câncer que é 168 vezes mais rápido, 26.000 vezes menos caro e 400 vezes mais sensível que os métodos atuais e, ainda, com 100% de precisão.

Extraordinário para um para garoto de 15 anos, não é mesmo?

Você deve estar se perguntado como ele conseguiu chegar à isso?

Em entrevista ao National Geographic ele mesmo disse como chegou a essa descoberta:

“Fiz a descoberta com um laptop, um smartphone e algumas pesquisas on-line.”

Suas principais ferramentas de pesquisas teóricas foram Google e a Wikipedia. Aliado a isso, a genialidade, foco e determinação do jovem cientista fizeram a diferença!

A primeira ação prática de Andraka foi isolar uma molécula como um “biomarcador” do câncer de pâncreas, em estágio inicial da doença e o resultado foi de 8.000 proteínas possíveis, então, ele conseguiu localizar a proteína certa em sua 4.000ª tentativa e o nome dela é mesotelina.

Outro descoberta importante da pesquisa desse jovem foram os nanotubos de carbono, que são cilindros com um a 50.000 º de diâmetro de um fio de cabelo humano, mais forte que o aço, e mais condutores que o cobre.

A aula de ciências da escola de Andraka também ajudou bastante nas conclusões científicas dele, pois, ao estudar sobre os anticorpos, que são moléculas que se ligam a uma proteína específica, ele teve o insight de encontrar um anticorpo que se ligasse ao seu marcador biológico, e descobriu a mesotelina.

Andraka na posse de todo esse conhecimento, resolveu entrelaçar os anticorpos sensíveis à mesotelina com uma rede de nanotubos, que de acordo com suas investigações pode detectar altos níveis dessa proteína presentes em amostras de sangue de pacientes com câncer pancreático em estágio inicial.

Partindo desse pressuposto, Andraka precisava a partir de então comprovar sua teoria e de um espaço apropriado para servir de laboratório.

Para alcançar esse objetivo, ele elaborou um orçamento, lista de materiais, cronograma e procedimento e enviou tudo isso para 200 pesquisadores solicitando um laboratório.

Desses 200 cientistas, somente um aceitou a solicitação do jovem e foi o diretor de laboratório da Escola de Medicina John Hopkins.

Esse foi um passo adiante para a concretização da descoberta de Andraka, agora ele precisava aprimorar se invento e corrigir possíveis falhas.

Após todas estas etapas, finalmente, Andraka, chegou à conclusão de seu invento:

Um pequeno dispositivo, constituído por uma uma sonda dipstick com papel filtro que quando usado com um medidor de resistência elétrica (encontrado em lojas de ferramentas), é capaz de detectar precocemente o câncer, com 100% de precisão.

Andraka acredita que esse dispositivo pode detectar outras doenças, pois, segundo ele, ao trocar o anticorpo, esse sensor pode detectar biomarcadores para Alzheimer, doenças cardíacas, HIV / AIDS, malária e outros tipos de câncer.

Sobre o propósito desse dispositivo, Andraka fez um desabafo:

“Eu não pude salvar meu amigo que morreu de câncer de pâncreas, mas espero ter descoberto algo que signifique que outras famílias não terão que enfrentar lutas semelhantes.”

Estamos na torcida que esse dispositivo contribua com a cura de muitas pessoas!

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Fonte e foto




Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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