Esperança: imunidade contra coronavírus pode durar anos ou décadas, diz estudo


Ao coronavírus nosso corpo é capaz de dar uma resposta imunológica poderosa e duradoura. Com essa notícia vamos curtir o Natal, sempre com responsabilidade, mas cheios de esperança. Afinal, estamos precisando!

Para a pergunta que não quer calar, porque tem a ver com a eficácia das vacinas, sobre quanto tempo dura a imunidade contra o coronavírus, pesquisadores da universidade californiana La Jolla dão a resposta mais esperançosa de todas até agora: anos ou até décadas. Será possível?

Um estudo noticiado no The New York Times sugere que nosso organismo é capaz de responder de forma eficaz e prolongada ao novo coronavírus. Isso porque, células imunológicas que repelem o vírus e previnem a Covid-19 diminuem lentamente no curto prazo, e portanto, podem sobreviver no corpo por muito tempo.

Apesar deste estudo ter sido publicado apenas online, não ter sido revisado por outros cientistas nem tampouco ter sido publicado em alguma revista científica, ele é um dos estudos mais abrangentes sobre a memória imunológica do nosso organismo contra o novo coronavírus.

Shane Crotty, virologista do Instituto de Imunologia La Jolla, uma dos líderes do novo estudo, ao NYT disse que nosso corpo mantém uma memória imunológica contra o vírus por muitos anos e isso pode

“evitar que a grande maioria das pessoas contraia a doença e tenha que ser hospitalizada por complicações relacionadas a essa doença”.

Este estudo ademais é consonante com uma outra pesquisa recentemente publicada sobre a imunidade adquirida contra um outro tipo de coronavírus, o que causa a SARS (síndrome respiratória aguda) de onde se constatou que os sobreviventes da SARS mantiveram algumas células imunológicas importantes 17 anos após sua recuperação.

A descoberta é importante e encorajadora porque, como ainda não se sabe ao certo quanto tempo dura a imunidade contra o SARS-CoV-2, a eficácia das vacinas entra em jogo. Se a imunidade ao coronavírus durasse pouco, talvez várias doses de vacinas seriam necessárias para manter a situação pandêmica sob controle.

Mas de acordo com este estudo, o nosso sistema imunológico seria capaz de, por anos ou décadas, lembrar do vírus e evitar seja complicações que novas infecções, dado que o coronavírus, em particular, leva tempo para causar danos, então nossa defesa teria tempo suficiente para ativar uma resposta “bem formulada”.

Dizem os pesquisadores que este é o primeiro estudo a examinar a resposta imune a um vírus com tantos detalhes e não é uma “previsão irracional pensar que esses componentes da memória imunológica vão durar anos”, diz Deepta Bhattacharya, imunologista da Universidade do Arizona.

Assim esperamos que, juntando imunidade natural, de rebanho ou vacina que seja, possamos  frear essa situação catastrófica na qual nos metemos.

Um feliz Natal, cheio de esperança, a todos!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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