Hemoglobina alta ou baixa? Descubra sua função e como ter um valor normal!


Relembrando nossas aulas de Ciências e Biologia, aprendemos que o nosso sangue é composto de glóbulos brancos (leucócitos) e glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos). Ele serve para transportar não só os nutrientes para todo o nosso corpo, mas principalmente o oxigênio dos pulmões para nossas células e este processo ocorre graças à um componente chamado Hemoglobina.

A hemoglobina é uma substância de cor vermelha que fica dentro das hemácias e existe um nível de hemoglobina considerado “normal” mas, às vezes a quantidade está muito alta ou muito baixa.

Por isso é necessário fazer um controle para saber se esta oscilação é devido a alguma doença grave como anemia (baixa hemoglobina) ou desequilíbrio no organismo em decorrência de alterações no modo de vida e hábitos simples.

Esse controle é feito através de exame de sangue feito em laboratório ou até mesmo pelo aparelho do qual é feito o teste de diabetes.

Compartilhamos aqui algumas informações relevantes com base na opinião de alguns médicos e sites relacionados à saúde.

O que é Hemoglobina e para quê serve?

A hemoglobina é uma metaloproteína (proteína que contém um ou mais íons metálicos) que está presente não só nos glóbulos vermelhos do nosso sangue, mas também da maioria dos animais, e tem a função de transportar o oxigênio do pulmão para as células e órgãos do corpo.

A estrutura da hemoglobina é composta de 4 moléculas de proteína e 4 grupamentos heme (que contém ferro), onde cada íon de ferro são ligados a 4 átomos de oxigênio, um para cada molécula de hemoglobina.

No caso dos peixes, por exemplo, a função da hemoglobina sofre alterações devido às adaptações relacionadas ao meio ambiente em que vivem.

Quando a quantidade de hemoglobina no sangue está fora dos valores de referência, isso indica que existe alguma alteração no metabolismo ou pode ser sinal de doença grave, por isso é importante estar atento e ficar de olho nos exames.

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Valores de referência

Por meio do exame de sangue, podemos verificar os valores de referência da hemoglobina no sangue e estes podem variar entre laboratórios, mas os mais comuns de acordo com os padrões da medicina são:

  • Crianças de 2 a 6 anos: 11,5 a 13,5 g/dL
  • Crianças de 6 a 12 anos: 11,5 a 15,5 g/dL
  • Homens: 14 a 18 g/dL
  • Mulheres: 12 a 16 g/dL
  • Grávidas: 11 g/dL

Causas da hemoglobina alta

Quando a dosagem de hemoglobina analisada está acima dos níveis aceitáveis, podemos ter sintomas como tonturas, pés e mãos frios, lábios roxos e em alguns casos podemos ter perda de visão e audição.

As principais causas apontadas para a ocorrência da hemoglobina alta são:

Altitude

Quando vamos para lugares muito altos (montanhas e picos), o ar torna-se rarefeito (menos denso) e temos mais dificuldade para respirar. Com isso temos uma baixa oxigenação do sangue e o nosso corpo produz mais hemoglobina para suprir a falta de oxigênio.

Fumo

Fumar faz com que as hemoglobinas do nosso sangue se unam ao dióxido de carbono inalado na fumaça do cigarro (carboxihemoglobina). Por consequência, o corpo precisa produzir muito mais glóbulos vermelhos para dar conta da hemoglobina que foi intoxicada.

Desidratação

Quando estamos desidratados nosso sangue fica mais denso e mais difícil de circular, o que ocasiona a baixa oxigenação do corpo no geral, o que vai produzir mais glóbulos vermelhos para que haja mais hemoglobina para transportar oxigênio. A hidratação correta faz com que a circulação sanguínea fique mais fluida e os níveis de hemoglobina no sangue se estabilizam.

Doenças pulmonares

Algumas patologias como enfisema pulmonar, bronquite crônica e fibrose pulmonar aumentam a quantidade de hemoglobina no sangue pois elas afetam o funcionamento do pulmão que deixa de liberar a quantidade de oxigênio necessária para o nosso organismo.

O enfisema pulmonar dilata os alvéolos pulmonares fazendo com que o tecido conjuntivo do pulmão perca a elasticidade e, consequentemente, reduz a troca de oxigênio e dióxido de carbono no sangue. Já a bronquite crônica é uma inflamação nos brônquios que conduzem o ar para os pulmões.

A Fibrose pulmonar é quando o tecido conjuntivo fibroso (parede do pulmão) aumenta de volume e é causado por infecções, doenças genéticas ou doença autoimune.

Outras doenças como Policitemia Vera (um tipo de câncer no sangue) e tumores nos rins aumentam a quantidade de glóbulos vermelhos no sangue. Além disso, o Doping (uso de medicamentos, esteróides e anabolizantes por atletas), aumentam o fluxo sanguíneo fazendo com que a quantidade de hemoglobina fique elevada.

Tratamento para baixar a hemoglobina

Antes de qualquer atitude, procure um médico hematologista. Ele vai solicitar os exames necessários para ter um diagnóstico preciso da sua situação. Além disso, encontramos algumas recomendações que vão ajudar a estabilizar os níveis de hemoglobina no sangue:

  • Não fumar;
  • Beba bastante água (no mínimo 2 litros por dia)
  • Pratique atividades físicas moderadamente e com acompanhamento
  • Não pratique Doping (não faça uso de substâncias que aceleram a circulação)
  • Cuidado com lugares de alta altitude, verifique suas condições antes de ir para esses lugares e se sentir alguns dos sintomas relacionados, procure um médico local

Causas da hemoglobina baixa

A baixa hemoglobina causa sintomas como palidez, cansaço, fraqueza e falta de ar. Isso ocorre devido à existência de algumas doenças que podem tanto reduzir a produção de hemoglobina quanto destruir as existentes. Veja alguns exemplos conforme cita o Dr. Ivan Pereira:

  • Anemia (falta de ferro ou vitaminas)
  • Cirrose (lesões no fígado)
  • Leucemia (câncer na medula óssea)
  • Linfomas (câncer no sistema linfático)
  • Insuficiência renal (os rins perdem a capacidade de filtrar os resíduos)
  • Hipotireoidismo (baixa função da tireóide ou ausência total / parcial da tireóide)
  • Talassemia (baixa produção de hemoglobina)
  • Porfiria (distúrbio na síntese de parte da hemoglobina – heme)
  • Vasculites (inflamação dos vasos sanguíneos)

Alguns distúrbios que levam à perda de sangue também influenciam na baixa de hemoglobina no sangue como distúrbios de coagulação, sangramentos do aparelho digestivo e menstruação exagerada (mulheres).

Tratamento para aumentar a hemoglobina

Aqui cabe também a avaliação de um hematologista para diagnosticar o seu caso, mas paralelamente a isso, podemos adotar algumas práticas que favorecem o aumento da quantidade de hemoglobina no sangue.

A principal característica da baixa hemoglobina é a perda de ferro e, para supri-lo é necessário investir em uma alimentação rica neste mineral e também em vitamina C que ajuda a absorver melhor o ferro ingerido nos alimentos.

As vitaminas B12 e B6 são necessárias para a formação das hemácias e elas estão presentes em carnes, ovos, leite, peixes, semente de girassol, lentilha, cenoura e arroz. Existem também suplementos dessas vitaminas que devem ser prescritos pelo médico de acordo com cada caso.

No tratamento médico também é indicada a suplementação com ácido fólico que está presente também em alguns alimentos, mas que em alguns casos mais urgentes são prescritos em forma de cápsulas.

E por último, quando o caso é muito grave e há necessidade de partir para um tratamento mais invasivo, é feita a transfusão de sangue de acordo com a compatibilidade sanguínea entre doador e receptor.

Existem locais como o Banco de Sangue que estão espalhados por diversas regiões do Brasil e ficam de prontidão para atender os voluntários que querem doar sangue ou medula óssea para ajudar tanto pessoas conhecidas que estão internadas precisando de sangue, como pessoas desconhecidas que dependem desses voluntários para terem suas vidas salvas.

Se você é doador, não deixe de fazer sua contribuição, pois um dia você pode precisar. Caso ainda não seja, veja se você se encaixa nos requisitos necessários para se tornar um doador. Neste momento, muitas pessoas estão precisando de sua ajuda.

Esperamos ter ajudado com nossas dicas e informações!

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Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


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