Pesquisa revela a associação da obesidade com vários tipos de câncer


A obesidade é um fator de risco para a saúde. Ela está associada com o desenvolvimento de vários tipos de doença, inclusive, com o câncer.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já considera a obesidade e o sobrepeso um problema epidêmico e vem chamando a atenção para a questão da obesidade infantil também. Uma recente pesquisa, publicada no British Medical Journal, conclui que a gordura é responsável pelo surgimento de alguns tipos de tumores, especialmente os do aparelho digestivo e os relacionados a hormônios.

O epidemiologista oncológico Kostas Tsilidis, do Imperial College London, diz que: “Estudos anteriores estabelecem relação entre o excesso de peso e alguns tipos de cânceres, mas metodologias fracas e até mesmo má conduta fizeram com que muitos resultados apresentassem falhas ou análises tendenciosas”, segundo informa o Correio Braziliense.

Tsilidis explica que foram identificados em 204 estudos uma forte relação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) e o risco de cânceres esofágico, de medula óssea, cólon (em homens), reto (também em homem), do trato biliar, pancreático, renal e endometrial (em mulheres pós-menopausa).

Quantos quilos a mais?

Cinco quilos a mais no IMC significa maior risco de desenvolver um câncer em 9% de tumores colorretais em homens e em 56% de cânceres do trato biliar.

As mulheres em pós-menopausa que nunca fizeram reposição hormonal tiveram mais 11% de risco de câncer de mama pelo ganho de 5kg. O epidemiologista explica que a análise usou dados observacionais, mas que não foi feito um estudo de causas e efeitos, por isso não é possível identificar a razão que aumenta o risco de alguns tipos de câncer em decorrência do aumento de peso.

Entretanto, pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos já haviam identificado que pessoas obesas costumam ter inflamações crônicas no nível celular, condição que pode provocar danos no DNA, levando ao câncer. Além disso, o tecido adiposo produz o estrógeno em excesso, hormônio que, em níveis muito altos, está relacionado ao risco de tumores na mama, no endométrio e no ovário.

A obesidade, ainda, deixa os níveis de insulina no sangue mais altos, favorecendo os cânceres de cólon, rins, próstata e endométrio.

Não é apenas uma questão estética

Se esses dados forem confirmados por pesquisas futuras e considerando a projeção da OMS de que em 2025 haverá 2,3 bilhões de adultos com sobrepeso e cerca de 700 milhões com obesidade, pode haver, junto com esse crescimento, um aumento no número de casos de câncer.

Levar uma vida saudável com a prática de atividades físicas e com uma alimentação balanceada e livre de produtos processados faz bem para a saúde e evita a obesidade, que mais um mal causa à saúde.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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