Janeiro é roxo! Vamos combater a hanseníase


Este mês de janeiro está ocorrendo a campanha Janeiro Roxo, organizada pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Hansenologia, para combater a hanseníase.

O presidente da SBH, Marco Andrey, deu informações sobre a campanha Janeiro Roxo para a EBC e explicou que o Ministério da Saúde mantém o mês de janeiro como um alerta para a doença, aproveitando a campanha mundial que ocorre no fim do mês de janeiro. A hanseníase, vulgarmente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que tem uma atração muito grande por nervos e pele.

Sintomas

É preciso estar atento aos sintomas da hanseníase, que são: formigamento, cãibras recorrentes, manchas brancas ou avermelhadas. O que chama mais atenção na doença é a perda de sensibilidade ao tato e ao calor. A transmissão da bactéria se dá exclusivamente de pessoa para pessoa, e pode ocorrer por troca de fluidos corporais como espirro, saliva e tosse.

Transmissão

A transmissão se dá do paciente infectado para outro saudável. Em geral, o contágio se dá da pessoa que não sabe que está com a doença e, consequentemente, não está fazendo o tratamento. O bacilo, por viver nas vias aéreas superiores, em ambientes fechados, propaga-se através do espirro ou da tosse.

A bactéria que ataca os nervos da pele provoca, além de dores, formigamentos e manchas, perda de sensibilidade ao tato, à dor e ao calor.

Autoavaliação e tratamento

É importante fazer uma autoavaliação tocando o próprio corpo para avaliar se todas as partes são sensíveis ao toque.

Não são todas as pessoas que vão desenvolver a doença. Felizmente, a hanseníase tem cura através da administração de antibióticos, que são distribuídos gratuitamente pelo SUS. O tratamento dura de 6 meses a 1 ano, a depender do estágio da doença, que é totalmente curável. Todos os medicamentos são exclusivos da rede pública de saúde.

A partir do momento que a pessoa é diagnosticada com hanseníase, ela precisa seguir o tratamento corretamente para evitar a transmissão, que já é contida na primeira dose, e as consequências mais graves da doença. Até a medicação fazer efeito e matar completamente as bactérias localizadas no nervo da pele, é preciso fazer o uso prolongado do remédio.

Família deve ser envolvida no tratamento

Quando uma pessoa é diagnosticada com hanseníase, toda a família deve ser, também, examinada, para tratar todos os membros ao mesmo tempo, e evitar que, futuramente, alguém se contamine novamente.

A perda da sensibilidade provoca a perda da proteção. Por isso, muitas vezes uma pessoa machuca o pé, por exemplo, e não sente dor, o que pode provocar uma inflamação na região.

Esteja atento ao seu próprio corpo e, caso haja qualquer desconfiança sobre a contaminação da doença, procure um posto médico ou um médico de confiança para uma avaliação. É muito importante que o tratamento seja iniciado o quanto antes, para que a bactéria não lesione tão profundamente os nervos.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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