Tudo sobre o HIV, todos os sintomas da AIDS e como tratar


Essa é uma doença que assusta a maioria das pessoas. Embora existam atualmente – segundo relatório da UNAIDS – cerca de 36,7 milhões de pessoas no mundo convivendo todos os dias com ela, a Aids é uma doença ainda cercada por uma série de mitos e preconceitos.

Apesar de o seu tratamento ter evoluído bastante, e o Brasil ser uma referência na forma de tratar os pacientes com HIV, ainda há um longo caminho a ser percorrido, principalmente por que estima-se que em território brasileiro, 1 a cada 5 pessoas infectadas não sabem que estão com o vírus.

Por isso é importante se atentar aos sinais e, é claro, prevenir-se das formas de contágio.

Saiba mais detalhes seguindo este conteúdo:

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HIV e AIDS não são a mesma coisa. O que é um e o que é outro

Em primeiro lugar, é importante lembrar: HIV e AIDS não são a mesma coisa. O HIV é o nome que se dá ao vírus causador da doença – a Aids, que pode ou não vir a se manifestar.

Quem tem o HIV é soropositivo e pode transportar e transmitir o vírus, sem nunca desenvolver a doença.

O HIV é um vírus que invade as células de defesa do organismo, os linfócitos. A partir do momento que fazem essa invasão, passam a se reproduzir, se apropriando do DNA das células. Dessa forma, o sistema imunológico passa a atacar os linfócitos, pois não os reconhece, por causa da ação do HIV.

Com isso, a pessoa infectada passa a ficar vulnerável a qualquer doença, tendo em vista que o organismo está com a imunidade completamente prejudicada.

A forma de contágio do HIV é por meio do contato com sangue, secreções vaginais, esperma e no leite materno. Assim, as relações sexuais desprotegidas, o uso de seringas, agulhas infectadas, de quaisquer instrumentos que se use e que possa ter contato com sangue, bem como a transfusão sanguínea contaminada e o contágio de mãe para filho, através da gestação, parto ou amamentação, são as formas mais comuns de se pegar a doença.

Sintomas do contágio por HIV e manifestação da doença

Os sintomas da doença começam a aparecer cedo: em torno de 14 a 21 dias após o contágio do HIV. No entanto, tais sinais são muito inconclusivos, e lembram muito um resfriado comum. Por isso é raro que as pessoas procurem um médico nessa fase. Além disso, o diagnóstico da presença do HIV no organismo só é possível de 40 a 60 dias, após a contaminação.

Depois dessa primeira fase, o vírus entra em uma fase na qual não produz mais sintomas e isso só muda depois de um tempo indeterminado. Por isso, é importante fazer o teste de HIV caso desconfie da possibilidade de ter-se infectado para poder identificar a doença que, embora não tenha cura, o seu tratamento precoce é reconhecidamente eficaz para garantir qualidade e quantidade de vida ao paciente.

Lembre-se no entanto que fazer testes com frequência não significa absolutamente prevenir a doença.

Abaixo, conheça todos os sintomas, começando pelos mais brandos (que costumam aparecer na primeira fase da doença):

Sintomas iniciais:

  • Febre de mais de 38°
  • Tosse seca
  • Sensação de garganta arranhado ou dor de garganta

Principais sintomas:

  • Dores musculares
  • Dores de cabeça
  • Erupções cutâneas – Apresentam-se sob forma de bolinhas vermelhas, feridas, furúnculos ou manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente nas regiões do tórax, face e pescoço;
  • Inchaço dos gânglios linfáticos (que ficam localizados atrás das orelhas, no pescoço, embaixo das axilas, no tórax, abdômen e virilha)
  • Fungos nas unhas – Manchas nas unhas, divisão das unhas e qualquer outra alteração podem indicar a presença de fungos, tais como a candida
  • Candidíase – O fungo da candida pode aparecer também nas regiões genitais, na boca e até mesmo internamente, como, por exemplo, no esôfago
  • Cansaço, fadiga
  • Formigamento
  • Fraqueza
  • Suores noturnos
  • Diarreia
  • Náuseas e vômitos
  • Perda de peso sem explicação
  • Irregularidades menstruais
  • Dificuldades de concentração, perda de memória e problemas comportamentais
  • Presença de doenças oportunistas – Enfermidades como a tuberculose, pneumonia e toxoplasmose podem aparecer nos infectados pelo vírus, tendo em vista que a imunidade está comprometida e não consegue combater tais doenças

Como tratar

A doença causada pelo HIV, a Aids, não tem cura. Por isso, o tratamento é feito de forma a fortalecer o sistema imunológico, evitando assim todas as consequências da enfermidade. A principal forma de lidar com a doença é utilizando medicamentos antirretrovirais, conhecidos popularmente como coquetéis, tendo em vista que são vários remédios ao mesmo tempo que a pessoa tem que tomar.

É importante lembrar que tais medicamentos devem ser tomados sempre na dose certa e na hora certa. Além disso, é importante seguir todos as orientações do médico e avisar da intensidade dos efeitos colaterais, para que o especialista consiga trocar o remédio ou ajustar a dose. Em longo prazo, a medicação pode comprometer os rins, fígado e ossos, mas há como fazer controle de tais consequências. O SUS disponibiliza gratuitamente o tratamento, bem como o exame que detecta o HIV.

Quando começar o tratamento?

Não precisa esperar que a doença se manifeste para começar o tratamento. É sabido hoje que, com tratamento adequado, pacientes com Aids podem viver uma vida normal, às vezes tão ou mais longa e saudável que as pessoas não infectadas pelo vírus HIV.

Muitos médicos acreditam que o quanto antes se inicie o tratamento, mais cedo se consegue reduzir a carga viral a ponto desta se tornar insignificante, indetectável e quase totalmente intransmissível. No mais, o tratamento imediato dificulta a ação do vírus sobre o sistema imunológico portanto, não hesite, assim que tiver confirmado o diagnóstico, consulte um médico e siga suas indicações para iniciar imediatamente um tratamento.

Como se prevenir

Todos sabem mas poucos realmente se cuidam, usar camisinha é essencial, em todas as relações. Em relações sexuais estáveis, isto é com parceiro fixo, dá para fazer um pacto depois de ter feito um teste? Isso vai de cada um! Fato é que sangue e secreções sexuais transmitem doenças, não apenas a Aids. Sempre que for ao dentista, à manicure, que for fazer tatuagem, piercings, etc, verifique as condições de higiene do serviço, atente para uso de luvas e de materiais descartáveis.

Como prevenir os outros

Não tem jeito, falar honestamente sobre a doença com as pessoas, embora difícil porque sabemos do preconceito, é um ato de coragem, honestidade e amor ao próximo. Seguir o tratamento rigorosamente, se cuidar sempre e conseguir baixar a carga viral ao seu máximo intransmissível possível, também é uma forma de prevenir novas infecções. Use preservativo sempre!

No caso da transmissão mãe-filho, existem medicamentos que reduzem o risco de transmissão durante a gravidez e o parto em níveis bastante seguros (menos de 1%).

Embora profissionais de saúde sigam normas para evitar a contaminação por doenças transmissíveis, avisá-los sobre seu estado de saúde deve ser visto como uma atitude de respeito ao outro, e tal atitude deve ser encorajada pois não deve haver nenhuma vergonha ou culpa por ser soropositivo. Os profissionais de saúde devem ser os primeiros a saber disso.

Quanto tempo dura o vírus da AIDS fora do sangue?

Desvendando mitos. Muito se teme pela transmissão do HIV mas a verdade é que sua transmissão é muito difícil pois trata-se de um vírus fraco que não sobrevive fora do corpo, exposto ao ar, ao sol, a luz, etc. Além disso, somente o sangue, as secreções sexuais e o leite materno são meios capazes de transmitir o vírus. Outros fluidos como saliva, suor, urina ou lágrimas contêm quantidades insuficientes de vírus para que se dê a transmissão.

Melhor dizendo, para que haja infecção, é necessário haver vírus em quantidades (ou seja, somente no sangue, no esperma, no leite materno, nos fluidos vaginais) e que estes consigam atingir células vulneráveis e em profundidade. Arranhões e machucados, por exemplo, geralmente não são situações de risco pois o vírus não consegue penetrar a pele em profundidade através de um arranhão. A transmissão pelo HIV pode ocorrer quando há contato direto entre fluidos infectados e mucosa ou tecido celular danificado de modos que o vírus possa cair na corrente sanguínea.

É improvável que sem essa transmissão direta, e com estas características (vírus em quantidades colocados em locais vulneráveis onde eles possam cair na corrente sanguínea) possa se falar em transmissão de HIV. O vírus não duraria em gota de sangue fora do corpo em condições normais de temperatura, de luz e ar e, mesmo que sobrevivesse, sua concentração seria baixa o suficiente para não conseguir ser transmitido.

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Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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