Coronavírus no Brasil: as medidas de prevenção e proteção que funcionam


Eis que um novo coronavírus surge na China como um surto que pode causar doença pulmonar grave. O novo vírus, denominado SARS-CoV-2, faz parte de uma vasta família de coronavírus e causa a doença chamada Covid-19 (sigla em inglês para “coronavirus disease 2019”). Da China essa doença tem se espalhado para outros países através do seu fácil contágio via respiratória. Por isso, milhares de pessoas foram infectadas.

No Brasil, surgiram alguns casos suspeitos que foram investigados pelo Ministério da Saúde, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde. Um caso positivo, o primeiro deles, foi anunciado ontem, 25, e vem de um homem que esteve em viagem pela Itália, o terceiro país mais atingido pela epidemia.

Nesse contexto, como forma de prevenção e alerta para que essa doença pare de continuar se espalhando, é recomendável saber como evitar o contágio.

Neste vídeo do canal Band Jornalismo são passadas informações sobre o que é o coronavírus e formas de evitar o contágio. Assista e informe-se para se prevenir dessa doença.

Recomendações para se proteger do coronavírus

A BBC News Brasil entrevistou infectologistas e pesquisou recomendações para se proteger dessa doença junto aos órgãos Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o Serviço de Saúde britânico (NHS) e do Ministério da Saúde Brasileiro e baseado nisso.

Segue a lista dessa coletânea de ações preventivas.

Lavar as mãos

O coronavírus é sensível a detergente e sabão, por isso, é recomendável lavar as mãos após usar o banheiro ou ao ter contato com pessoas, objetos e locais públicos antes de chegar em casa ou de consumir alimentos.

Para lavar as mãos, é indicado esfregá-las com detergente ou sabão por 15 a 20 segundos visando eliminar vírus e bactérias.

Manter ambiente e objetos limpos e secos

O presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Fernando Spilki afirmou que:

“A camada do envelope (do coronavírus), por conter gordura, é muito sensível a solventes; sabão; à dessecação (extrema secura),  à falta de umidade no ambiente.”

Dessa forma, é fundamental manter o ambiente que frequenta limpo, utilizando desinfetantes. Essa dica, dependendo da circunstância, pode ser até ser mais eficiente do que o uso de máscara.

Como na atualidade se utiliza muito o celular, este pode se tornar veículo de contaminação. Por isso a orientação é limpá-lo utilizando uma solução feita de meia medida de água com meia medida de álcool, em um pano limpo.

Evitar locais com grande aglomeração de gente

Devido ao vírus dessa doença ser transmitido por via aérea ou pelo contato físico, ao frequentar ambiente público com grande quantidade de pessoas, o alerta é não tocar a boca, os olhos e o nariz sem antes lavar as mãos ou passar álcool.

Apesar de na Ásia as pessoas utilizarem como proteção à essa doença a máscara do tipo cirúrgico, para se resguardarem de espirros e tosses, esta medida não evita por completo a contaminação porque seria necessária a troca frequente da máscara.

Sobre o uso da máscara, o médico Fernando Spilki alerta que as máscaras tradicionais não protegem bem devido ao seu tamanho que possibilita o vírus dessa doença de atravessar o seu material. Por isso, nos hospitais, os profissionais de saúde têm utilizado máscaras com filtro de ar ou feitas de materiais com poros menores, em que a partícula viral não possa entrar em contato com as vias aéreas.

Por todas essas razões,  é mais indicado evitar locais com aglomerações de pessoas e manter distância de quem estiver com sintomas de gripe. Em contrapartida, aquele que estiver gripado, ao espirar ou tossir, é recomendável cobrir a boca e o nariz com lenço.

Letalidade por Covid-19

Apesar do novo coronavírus ter maior efeito de proliferação que outros vírus da mesma família, como os que desencadearam os surtos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2002, ou da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers) em 2012, em termos de efeito letal, a sua proporção é menor.

Segundo informações mais recentes divulgadas pela Organização Mundial de Saúde, cerca de 2% dos infectados pelo coronavírus morreram e o índice de letalidade foi menor do que da Sars que foi de 9,5%, e da Mers, de 35%.

Além disso, outro detalhe é que parte das pessoas que morreram de coronavírus já tinha algum tipo de doença, como diabetes, problemas cardíacos ou pulmonares, ou ainda, somado a esse fatores, tinham idade mais avançada.

O fator da imunidade em relação a essa doença

Diante de uma doença contagiosa, a imunidade do organismo reage em duas fronts (“frentes de batalha”): imunidade celular e imunidade humoral.

Imunidade celular

Esta se dá com a ação dos linfócitos, um tipo de leucócito produzido pela medula e que, entre outras funções, reconhece as células infectadas e as elimina. Nessa situação, o vírus é destruído e também a célula que foi infectada por ele, sendo assim, nesse processo, parte dos “soldadinhos” que são os leucócitos (glóbulos brancos) acabam morrendo.

Ao fazer um hemograma,  se a quantidade de leucócitos estiver muita alta é sinal de infecção e, ao contrário, se estiver baixa é indício de sistema imunológico enfraquecido.

Imunidade humoral

Já esta ocorre através dos anticorpos, as imunoglobulinas, que agem de forma similar aos leucócitos,  impedindo que os invasores entrem nas células.

Como manter a imunidade saudável

Mesmo ainda não se sabendo bem como o sistema imunológico pode superar essa doença, é importante cuidar e manter o sistema imunológico fortalecido, com os seguintes cuidados:

  • alimentação saudável, a base de vegetais
  • hidratação, bebendo no mínimo 2 litros de água por dia
  • repouso quando necessário e sono regular
  • prática de exercícios físicos ou caminhada, de forma frequente
  • realização de atividades que reduzam o estresse

Essas ações contribuem para manter a imunidade do corpo fortalecida diariamente.

É de suma importância cuidar da imunidade pois, um organismo fraco, é mais suscetível ao contágio do coronavírus e outras doenças contagiosas.

O velho e bom ditado: prevenção ainda é o melhor remédio vale para se precaver do contágio do coronavírus!

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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