Casos de H1N1 começam a ser registrados mais cedo este ano


No verão, tivemos de estar atentos ao surto epidemiológico provocado pelo Aedes aegypti. Agora, com a chegada do frio, devemos nos precaver em relação ao H1N1.

O outono começou e os cuidados que devemos tomar nesse período seco e de poluição ambiental também. A queda da temperatura pode causar doenças como a gripe, além de aumentar a incidência de doenças alérgicas e de sinusite, rinite e otite.

Tomar alguns cuidados para combater a gripe e o resfriado é importante, porque essas doenças são a porta de entrada para outras mais graves, como a pneumonia, sobretudo entre a população idosa.

Por isso, o ideal é sempre a prevenção. Evite locais fechados e com aglomeração de pessoas, mantenha as janelas abertas e, nos dias de baixa umidade do ar, beba cerca de dois litros de líquidos por dia – pode ser água, chás, sucos e água de coco.

Outra dica é espalhar bacias com água nos dias mais secos. Descanse o suficiente para ativar seu sistema imunológico, lave sempre as mãos e evite o contato delas com olhos, nariz e boca. Caso o resfriado apareça, não se automedique. Procure um médico.

Como diferenciar gripe de resfriado?

A gripe é mais grave que o resfriado. Ela provoca coriza, mal-estar, dor no corpo e, até mesmo, febre alta. A gripe é causada pelo vírus Influenza (tipos A, B e C) e, por isso, é contagiosa.

O resfriado costuma ser menos agressivo e duram menos. Ele é causado pelos Rhinovírus (de vários tipos) e sua transmissão se dá por vias respiratórias.

Uma forma de proteção é a vacinação. Embora não proteja 100%, ela garante que os sintomas sejam mais amenos, caso a doença seja contraída. Anualmente, no Brasil, é distribuída a vacina, cujo efeito costuma ser sentido no prazo de um mês.

Surto de H1N1

O H1N1 é um subtipo do vírus A que causa doença respiratória aguda. É altamente contagiosa e, em casos mais graves, pode levar até a morte.

Em São Paulo, tem chamado a atenção de médicos e especialistas a circulação antecipada do vírus H1N1 nos meses de fevereiro e março. Sem uma causa conhecida, especula-se que os brasileiros que viajaram durante as férias para o hemisfério norte, como Estados Unidos, Europa e Canadá, onde o vírus H1N1 continua circulando, tenham trazido o vírus pra cá.

A vacina é a principal maneira de evitar a doença, mas existem outros cuidados. “Então evitar aglomerados, lavar bem as mãos, lembrar que o vírus da influenza transmite-se basicamente de duas maneiras: através de secreção respiratória, ou seja, tosse e espirro, mas também por contato com objetos, então manter as mãos limpas é muito importante pra que se diminua o risco de contrair a gripe”, alerta Marco Aurélio Sáfadi, infectologista e pediatra do Hospital Sabará.

O Hospital Samaritano, na Zona Oeste da capital paulista, já contabilizou 134 casos confirmados da doença este ano, sendo 19 considerados graves (com internação). Em 2015, não houve registro de nenhum caso de H1N1 nessa época do ano no hospital. “Pelo aumento do número de casos dentro da instituição, tratamos como situação de alerta. Antecipamos o fluxo dedicado ao atendimento da patologia só quando tem uma incidência alta. Ano passado não precisamos fazer isso. Este ano foi necessário”, diz Bianca Grassi de Miranda, infectologista do Samaritano.

Em Santa Catarina, a Vigilância Epidemiológica confirmou neste domingo (27) duas mortes por gripe A H1N1 no estado. “Os dois casos foram confirmados pelo Lacen [Laboratório Central de Saúde Pública] como pacientes com H1N1 e a morte foi em decorrência da doença. Como não há vacina disponível, o melhor método é a prevenção e higienização dos espaços”, diz Ivonete dos Santos, gerente da Vigilância Epidemiológica de Blumenau. De 1º de janeiro a 22 de março, foram 14 registros de gripe a H1N2 no estado.

Os vírus do tipo Influenza circulam durante todo o ano, mas durante o inverno a transmissão aumenta porque as pessoas buscam se abrigar do frio em ambientes fechados.

A campanha de vacinação contra a gripe, este ano, ocorrerá entre os dias 30 de abril e 20 de maio e visará grupos prioritários, como crianças menores de 5 anos, gestantes, mães que tiveram filhos recentemente, idosos, indígenas, trabalhadores de saúde e doentes crônicos.

Não se esqueça: o melhor remédio contra a doença é a prevenção.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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