Sífilis cresce exponencialmente em São Paulo


O número dos casos de sífilis contraída por adultos deu um grande salto nos últimos anos no estado de São Paulo. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, entre os anos de 2007 e 2013, o número de novos casos passou de 2.694 para 18.951, um aumento de 603% em apenas 6 anos. E neste ano, a Secretaria informou também que os casos da doença entre mulheres grávidas cresceu 1.047% e 135% dos casos congênitos.

Os números do estado revelam que, entre o público em geral, a prevalência é maior entre os homens. Das 73.366 notificações registradas no Estado entre janeiro de 2007 e junho de 2014, 60,3% foram diagnosticadas entre pacientes do sexo masculino.

Sempre nos casos de doenças sexualmente transmissíveis se adverte para o uso do preservativo. O aumento da sífilis estaria ligado à diminuição do uso da camisinha e à melhorias no diagnóstico.

Contudo é importante também frisar que a sífilis é uma das doenças cujo agente causador (a bactéria Treponema pallidum) se encontra no rol das superbactérias

A sífilis seria tratada com uma única dose de penicilina, um antibiótico. Porém, a resistência a este antibiótico já está acontecendo, como mostra os casos no Distrito Federal, onde quatro pessoas já morreram, e tudo leva a crer que foi por causa de superbactérias. Outros sete pacientes estão isolados com bactérias, porém sem sintomas, e só devem sair quando estiverem 100% curados. Um exemplo mais do que suficiente do perigo das superbactérias também no Brasil.

Já ocorre em nosso país e no mundo alguns casos de bactérias resistentes que não respondem mais ao tratamento com antibióticos, já que seu uso abusivo criou uma nova geração de bactérias resistentes a esses medicamentos. O uso irresponsável de antibióticos em seres humanos e nas criações de animais para abate, é o principal responsável pelo retorno de doenças totalmente controladas, e até mesmo erradicadas, em vários lugares do mundo.

Outras doenças além da sífilis no rol das superbactérias e que poderiam voltar a ser disseminadas estão: a tuberculose, a gonorreia (que já assustou muito e atualmente era mais motivo de piada para quem pegasse, pode assustar novamente se as coisas continuarem assim), a febre tifoide, entre outras.

Para diminuir os riscos de contrair sífilis, ou qualquer outra doença sexualmente transmissível, use camisinha.

Para  tentarmos evitar que doenças mortais do passado possam voltar na forma de uma superbactéria, evitemos tomar antibióticos caso não seja estritamente necessário. Seria excelente também, se o Congresso Nacional aprovasse uma lei que diminuísse o uso dessa medicação nos animais para abate. Na pecuária o antibiótico é usado também como profilaxia, ou seja, para evitar que os animais adoeçam (o que obviamente é um erro). Ao consumir a carne tratada com antibióticos e outras substâncias como hormônios e rações OGM’s, o consumidor acaba contribuindo para o surgimento das superbactérias e para outros problemas ambientais causados pela produção da carne.

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Redação greenMe

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